O manifesto de Luísa Sonza nesta quarta-feira no Mais Você sobre a traição do ex-namorado Chico Moedas traz à tona um tema que adora se enfiar embaixo dos lençóis entre quatro paredes. Em tempos de relacionamento aberto e poliamor, ter um acordo com uma pessoa com quem se relaciona e se deixar levar pelo prazer e pelo divertimento ainda é comum. Aliás, cada vez mais comum. E fica a pergunta, onde estamos aplicando a nossa racionalidade que nos diferencia dos demais animais? Aquela que segura o instinto.
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Histórias de Neymar, Chico Moedas, Cauã Reymond e inúmeros outros homens e mulheres com relacionamento estabelecido que enganam, ignoram sentimentos alheios com mais pessoas viralizam, mas passam batido no dia seguinte nas consciências. Dorme-se tranquilo mesmo sabendo que a atitude vai magoar, machucar, fazer chorar. E depois falamos nas redes sociais de empatia. Palavra da moda, inclusive. Chegamos a um ponto que mediocrizamos a palavra e o compromisso verbal. Vale muito menos do que o prêmio da Mega-Sena.
Ninguém obriga ninguém a ter um compromisso. Lutamos por mais liberdade nas conexões, buscamos ultrapassar barreiras de gênero e talvez estejamos na curva crescente da busca pelos direitos iguais. Porém, falar de respeito ainda é muito necessário. E respeito básico, entre casal. E a falha não é pontual. É de caráter. Se há um acordo de monogamia, cumpra-se. Caso contrário, termine.
O Chico Moedas que hoje acabou virando Chico Tostão é só mais um. A cada segundo milhares de traições estão se proliferando. O que Luiza fez foi usar um canal e um espaço já conquistado para mostrar como o ser humano se sente ao ser vítima de uma traição. Básico, pré-histórico, mas mais atual e necessário do que nunca. Trata-se de uma demonstração de que precisamos nos reinventar, voltar à base, para repactuar valores simples e necessários para a convivência em sociedade.
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Que a voz embargada de mágoa da Luiza que ressoa a internet nesta quarta-feira seja um basta. Mulher não merece menos em nada. Merece igual. Sobretudo respeito.
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