O duelo esperado para a final do Mundial de Clubes vai acontecer. O Chelsea venceu o Monterrey com tranquilidade por 3 a 1, em Yokohama, e vai enfrentar o Corinthians no próximo domingo para ver quem fica com o título. Ao contrário do Timão, que conseguiu apenas uma vitória magra contra o Al Ahly, do Egito, os Blues foram superiores desde o primeiro minuto.
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Rafa Benítez preferiu deixar dois de seus principais jogadores de fora. Lampard e Ramires, preservados. Na final, os dois devem voltar ao time principal.
DAVID LUIZ COMO VOLANTE
A escalação do Chelsea surpreendeu a todos. O técnico Rafa Benítez resolveu dar uma sacudida no time e colocou David Luiz como volante, ao lado de Mikel, deixando estrelas como Lampard e Ramires no banco. Sua ideia foi reforçar o setor para dar total liberdade ao trio de “cabeças pensantes” formado por Oscar, Hazard e Mata.
Deu certo. Primeiro pela aposta de David Luiz. Se a escalação no setor surpreendeu a todos, mais surpreso ainda ficou o Monterrey, que viu o brasileiro finalizar bem perto do gol e dar um excelente passe para Hazard, que chutou para fora. De fato, ele foi o pulmão do time no setor, dando a sustentação suficiente para o ataque.
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VELOCIDADE NO ATAQUE
A movimentação na frente também foi interessante. Cada um tinha uma posição definida. Hazard ficava aberto pela esquerda, Oscar mais centralizado, e Mata na direita. Mas o pulo do gato era que ninguém guardava posição, tanto que o gol do espanhol saiu quando ele estava no meio, mais até para o seu lado oposto, quando foi se aproximar do brasileiro.
Oscar deu o passe de calcanhar fantástico para Cole, que deixou a zaga mexicana perdidinha. O lateral achou Mata praticamente na marca do pênalti, e finalizou bem. A movimentação do Chelsea resultou nisso tudo. Só quem destoava mesmo era Torres, que matava quase todas as jogadas que tentava.
O Monterrey não conseguia fazer nada pelo meio. Os únicos ataquem que surgiam pelos lados, com jogadores como Chavez, Corona e Ayovi, sempre em busca de De Nigris, e volta e meio no Delgado. Mas a defesa azul, assim como meio-campo, estava bem povoada e ficava difícil para os mexicanos.
RELÂMPAGO
No segundo tempo, o Chelsea precisou de apenas dois minutos para fazer o segundo e o terceiro. Logo aos 17 segundos, Hazard fez grande jogada de velocidade pela esquerda, vai à linha de fundo e toca para trás, Torres, que estava mal, chuta, e a bola ainda desvia antes de entrar. Dois minutos depois foi a vez de Mata lá na direita. Recebeu do centroavante já na área, tentou colocar no bolo, mas a bola desviou em Chávez e matou Orozco.
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E o Chelsea continuou na pressão por mais uns instantes. Se o público brasileiro ainda não conhecia o belga Hazard, agora já sabe muito bem quem é. Daí para o fim, o Chelsea começou a se poupar, cozinhou o jogo com facilidade, e Rafa Benítez ainda aproveitou para colocar Lampard em campo, no lugar de David Luiz, e dar ritmo de jogo ao volante, um dos “senadores” dos Blues.
Já nos acréscimos, De Nigris recebeu já dentro da área e fez pelo menos o gol de honra para o Monterrey.
FICHA TÉCNICA
MONTERREY 1 X 3 CHELSEA
Local: Estádio Internacional de Yokohama, em Yokohama (JAP)
Data-hora: 13/12/2012, às 08h30 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Vera (EQU)
Público: 36.648 presentes
Gols: Mata (17’/1ºT), Torres (17″/2ºT), Chavez (contra, 2’/2ºT), De Nigris (46’/2ºT)
MONTERREY: Orozco, Perez (Osorio, 11’/2ºT), Meza (Solis, 37’/2ºT), Basanta e Mier; Ayovi, Chavez, Cardozo e Corona; Delgado (Carreno, 37’/2ºT) e De Nigris. Técnico: Victor Manuel Vucetich.
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CHELSEA: Cech, Azpilicueta, Ivanovic, Cahill e Cole; David Luiz (Lampard, 17’/2ºT), Mikel, Oscar e Mata (Paulo Ferreira, 28’/2ºT); Hazard e Torres (Moses, 33′. Técnico: Rafa Benítez.