Com um fim emocionante, o Chelsea garantiu sua vaga na semifinal da Liga dos Campeões nesta quarta-feira. A equipe londrina soube jogar com inteligência e voltou a vencer o Benfica, desta vez por 2 a 1. Na próxima fase, o clube treinado por Roberto di Matteo vai enfrentar o Barcelona, que eliminou o Milan nesta terça.

Continua depois da publicidade

A curiosidade do jogo ficou por conta das nacionalidades. Um time é da Inglaterra e outro de Portugal. Mas juntando os dois rivais, eram cinco brasileiros, quatro espanhóis e apenas três ingleses nas escalações iniciais. Lusitanos? Apenas nos bancos de reservas.

O jogo

O Benfica até que tentou ir para o ataque desde o início. Aimar fazia o seu papel criando as jogadas, carregando a bola, Bruno César cadenciava e arriscava de todos os lugares, e Gaitán atacava pelos lados. Mas Cardozo não via muito a bola, que pouco chegava ao centroavante paraguaio. O Chelsea sabia jogar com calma e a grandeza que o clube conquistou nos últimos anos.

Tanto que a primeira chance perigosa do jogo foi dos Blues. Após um escanteio, David Luiz chutou em cima da zaga adversária. Então o Benfica começou a se inspirar em Bruno César, que chuta de todos os jeitos. O brasileiro tentou de longe, Aimar, Cardozo, mas Cech estava seguro, e nada entrava.

Continua depois da publicidade

Outra boa chance desperdiçada pelo Benfica foi através de um lançamento de uns 35 metros de Bruno César, que Gaitán furou de forma feia. Logo depois o lance que deixaria o jogo bem encaminhado para o Chelsea. Cole recebeu na área, chamou o adversário, e foi atropelado por Javi Garcia. Pênalti que Lampard cobrou com perfeição. Artur caiu bem, mas os Blues estavam na frente.

Os Encarnados mostraram-se nervosos depois disso. Tanto que com menos de meia hora de jogo, já tinha quatro cartões amarelos e não demonstrava padrão de jogo, saía de qualquer jeito para o ataque. Era cedo para isso. Mas David Luiz quase quis ajudar seu ex-clube.

Saiu jogando de forma estabanada, perdeu a bola, e teve a sorte que Gaitán não conseguiu dar sequência à jogada. O problema do Benfica é que estava esperando algum erro do Chelsea. Só arriscava de longe e dependia de jogadas individuais de Aimar. Mas a defesa inglesa estava muito bem postada. Na única vez que tentou uma triangulação, foi bem.

Tudo ficou mais difícil quando Maxi Pereira viu o segundo cartão amarelo e foi expulso. O primeiro tempo terminou truncado.

Continua depois da publicidade

Segundo tempo

Na volta do intervalo, o Chelsea continuava calmo, levava o jogo na boa, e atacava quando o Benfica oferecia contra-ataques, e não foram poucas as vezes. As Águias foram muitas vezes ao ataque. Mas o quarteto ofensivo não funcionava, estava pouco criativo. A única jogada boa foi ainda no princípio, em boa triangulação entre Aimar, Gaitán e Cardozo. O paraguaio chutou colocado, obrigando Cech a fazer bela defesa. Logo depois, mais um ataque com chute do argentino mais veterano. Passou perto. ?

O Chelsea respondeu bem. Kalou fez boa jogada de linha de fundo, jogou para o centro, Ramires se jogou como podia, mas só ele próprio entrou no gol, a bola passou direto. E essa tornaria-se a tônica do jogo. Ataques portugueses, contra-ataques ingleses.

Até que o técnico Jorge Jesus apostou na juventude. Em um espaço de 15 minutos, tirou Bruno César, Gaitán e Cardozo, e colocou Rodrigo, Djaló e Nélson Oliveira. O trio revelou-se em uma boa opção. Faziam boas jogadas em velocidade, mas que com acabou revelando-se sem muita objetividade, já que a conclusão acabava ficando complicada, por causa da boa postura defensiva do Chelsea.

Djaló que chegou este ano ao Benfica depois de uma negociação complicada, já que ele pertencia ao Sporting, e ficou sem clube após não ser comprado pelo Nice. Ele acabou sendo mais perigoso do que Cardozo. Procurava o jogo e concluía. Rodrigo e Nélson jogavam pelos lados.

Continua depois da publicidade

Até que o gol do Benfica saiu de uma bola parada. Escanteio para os Encarnados, e Javi García subiu mais alto do que todo mundo. E os portugueses ainda tinham pelo menos cinco minutos para pressionar.

E até teve chance. Nélson Oliveira teve a bola na entrada da área, mas tentou fazer gol de craque ao arriscar uma trivela. Foi para fora.

No fim do jogo, o golpe de misericórdia. O Benfica teve uma falta na intermediária, e levou quase todo o time ao ataque. Só que a zaga do Chelsea cortou, e deu início ao contragolpe. O ex-portista Raul Meirelles roubou a bola, avançou e definiu em jogo em belo chute. Agora, o Chelsea tem o Barcelona pela frente, e o Benfica só se preocupa com o Campeonato Português, no qual é segundo colocado.