Blumenau é uma cidade que aposta na iniciação esportiva e tem a categoria de base dos mais diferentes esportes como sua menina dos olhos. Justo. Louvável. Mas, e aí? O que esse jovem atleta será quando crescer? Em quem ele irá se inspirar?
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Chegou a hora de o município discutir com solidez a criação de um projeto à parte do Bolsa Desportista que englobe atletas olímpicos. Explico: nomes com potencial de disputar uma Olimpíada tem que, obviamente, receber mais do que os outros, porém esses valores não podem ser extraídos da FMD, cujo orçamento já é apertado.
Blumenau precisa, portanto, debater a criação de um programa que valorize nomes como Moacir Zimmermann e Jéssica Maier (foto) – essa última que recebe a incrível quantia de R$ 500 por mês e é capitã da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica -, caso contrário perderá seus principais atletas para polos que já fazem isso.
Essa ideia vai ao encontro de um dos quatro itens sugeridos pela coluna no início da nova gestão da FMD, que é a valorização de programas de alto rendimento. A pergunta é: como isso poderia sair do papel? A resposta pode ser simples. E se a prefeitura se comprometesse mensalmente com um valor de R$ 40 mil – irrisórios perante o orçamento anual – podendo abraçar 10 atletas que recebam R$ 4 mil, por exemplo?
Teríamos, portanto, um projeto que valorizasse atletas com potencial olímpico e que ao mesmo tempo não comprometeria a receita de modalidades. Vale a discussão.
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