A novela dos bastidores no Figueirense parece ter chegado ao fim. Com a definição de Wilfredo Brillinger como futuro presidente do clube, terminará um dos períodos mais conturbados entre os 91 anos de história da equipe da Capital.

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As desavenças começaram em 2010, quando os conselheiros decidiram rescindir o contrato com a Figueirense Participações – empresa de Paulo Prisco Paraíso, um dos responsáveis pela reestruturação do clube.

Na época, foi contestado pelo conselho, presidido por Nestor Lodetti, que o contrato de gestão, firmado em 1999, não dava como retorno ao clube ganhos patrimoniais. Paralelamente, grandes grupos de investidores lotearam o mercado do futebol brasileiro e diminuíram a competitividade da Figueirense Participações no mercado.

A consequência foi o enfraquecimento do time. O modelo de gestão se esgotou e o Figueira não resistiu na elite. Situação semelhante à vivida atualmente. Quando assumiu o clube em 2010, Lodetti encontrou a equipe na Série B, o caixa zerado, e precisava de um parceiro.

O presidente convidou o amigo de infância Wilfredo Brillinger para ajudar na nova administração. Wilfredo aceitou e, para pode entrar no clube juridicamente, criou a empresa Alliance Sports. Junto chegaram ao Scarpelli Renan Dal Zotto, Marcos Moura Teixeira e Leonardo Moura.

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Os primeiros dois anos tiveram sucesso em campo, com o acesso para a Série A e uma ótima campanha em 2011, com a sétima colocação. Com o insucesso da atual temporada, os problemas internos começaram a aparecer. A Alliance entrou em conflito e questionou o formato de exclusividade de jogadores que o clube possuía com o empresário Eduardo Uram.

Ao mesmo tempo, o conselho deliberativo, presidido por Júlio Gonçalves, questionou a relação entre o Figueirense e a Alliance Sports. Por consequência, Nestor Lodetti e Wilfredo Brillinger, antes amigos, romperam e tomaram rumos opostos. Lodetti renunciou, deixando o clube. Brillinger, a partir de terça-feira, será o novo presidente do time do Estreito.