O catarinense Jorge Mussi assume nesta terça, às 19h, em Brasília, como juiz efetivo do Tribunal Superior Eleitoral. O magistrado, já foi juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina de 1988 a 1989 e juiz efetivo do TRE-SC de 1989 a 1991. Também foi presidente do TRE-SC de 2003 a 2004.
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Qual o significado de sua posse no Tribunal Superior Eleitoral?
É um momento muito importante para mim. Estou muito emocionado e orgulhoso por Santa Catarina. Jamais imaginei em minha carreira, nem em sonho, chegar a ministro do Superior Tribunal de Justiça e agora no Tribunal Superior Eleitoral, e participar da eleição do novo presidente da República, como juiz efetivo e corregedor do TSE. É um momento em que a alma vibra e o coração pulsa mais forte. Como catarinense, vou dar tudo de mim, vou vestir a camisa do tribunal para corresponder à confiança que a sociedade sempre depositou no TSE.
Alguma ideia ou projeto para o processo eleitoral de 2018?
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A partir de fevereiro de 2018, o tribunal será presidido pelo ministro Luiz Fux. Ele está organizando uma reunião com os ministros para estudar mais agilidade na entrega dos resultados, e com máxima transparência. Vamos buscar medidas para dar mais celeridade.
O senhor defende a impressão do voto do eleitor?
Tenho trocado ideias com meus colegas e concluímos que neste momento o custo do voto impresso seria insuportável nas eleições de 2018. Nas seguintes, é possível. Vejo na urna eletrônica um equipamento simples e seguro, que funciona até com bateria. A comprovação impressa vai dar mais segurança à votação, sem dúvida.
E o que o senhor acha dos que defendem a extinção da Justiça Eleitoral?
Ao contrário, imagino um TSE funcionando como o STJ ou outro tribunal. Aí, a Justiça Eleitoral vai se aprimorar. Afinal, um país com a dimensão territorial do Brasil, que teve 101 milhões de brasileiros votando, com resultados em quatro horas, não pode prescindir da Justiça Eleitoral. O brasileiro confia na sua Justiça Eleitoral. Sua extinção seria um atraso.
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O senhor teve atuação destacada no STJ em processos da Lava-Jato. A operação corre risco?
Não, ao contrário. No Tribunal Federal da 4ª região, onde as decisões são analisadas em grau de recurso, ou no STJ, em minha Turma, busca-se cada vez mais dar velocidade no julgamento dos processos. Temos a oportunidade de ver o Brasil ser passado a limpo. Os brasileiros não aguentam mais ser apunhalados pelas costas de maneira sórdida. Basta! Temos uma grande oportunidade para deixarmos um país melhor e com mais credibilidade para as próximas gerações.
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