Subiu para 108 o número de animais marinhos encontrados mortos no litoral de Santa Catarina. Biólogos do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) apontam como causa preliminar o uso de redes de emalhe, proibidas na pesca. O laudo deve ser divulgado nos próximos dias.

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Na última semana, os pesquisadores encontraram duas baleias mortas no Litoral Norte. Na quarta-feira, os biólogos encontraram o corpo de uma baleia jubarte parcialmente decomposto na praia do Ervino, em São Francisco do Sul. Na manhã de quinta-feira, localizaram um bebê fêmea de uma baleia-minke-antártica, com 3,65 metros, na praia de Porto Belo.

Exames preliminares no filhote apontaram indicativos de interação com a pesca de emalhe e o animal foi transportado para o Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário Piçarras. Já a jubarte apresenta diversas mordidas típicas de tubarão-azul efetuadas após sua morte, o que indica que a baleia morreu em alto-mar. Pelo estágio de decomposição, estima-se que ela tenha morrido há pelo menos 30 dias.

Ainda na quinta-feira, os pesquisadores encontraram, no começo da tarde, em avançado estado de decomposição, um espécime morto de toninha. O animal estava na praia Brava, em Itajaí.

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Os pesquisadores estão investigando o misterioso aumento de ocorrência de mortes de animais marinhos na costa catarinense. Nos últimos 30 dias, já foram registrados o aparecimento de tartarugas verdes (Chelonia mydas), golfinhos cinza (Sotalia guianensis) e botos (Tursiops truncatus), conhecidos como ‘boto flíper’ ou ‘boto da tainha’, a baleia jubarte (Megaptera novaeangliae), a baleia-minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) e a toninha.