A motivação do assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, de Três Passos, ainda não foi esclarecida. A informação é do chefe da Polícia Civil, Guilherme Wondracek.

Continua depois da publicidade

Leia mais:

“Fui impedida de vê-lo por 4 anos, me chamavam de velha doente”, diz avó

Polícia apura se Bernardo foi morto com dose excessiva de analgésico

Continua depois da publicidade

Polícia ressalta importância da comunidade e de imagens de câmeras

Menino foi dopado antes do assassinato, disse amiga de madrasta à polícia

Definindo o caso como uma prioridade, o delegado ressalta a importância do auxílio da comunidade ao levar informações à investigação e das imagens de câmeras de segurança. Para Wondracek, o fato de Graciele Ugolini, madrasta do menino, ter sido autuada por excesso de velocidade foi “importante” e as imagens de câmeras de segurança de um posto de combustíveis foram “fundamentais”:

– Sugerimos que, quando um comerciante coloca uma câmera em seu estabelecimento, coloque também voltada para o lado de fora. As câmeras ajudam muito nas investigações, cada vez mais. E a segurança é um dever de todos.

O delegado lembra que, desde que surgiu a informação do desaparecimento, equipes do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) se mobilizaram. Equipes da Polícia Civil de outras cidades da região também passaram a auxiliar a delegacia de Três Passos.

Continua depois da publicidade

– Os policiais trabalhavam como desaparecimento. Com o passar do tempo, começaram a acreditar que ele (Bernardo) podia ter sido morto – disse o chefe da Polícia Civil a ZH.

Em relação à morte da mãe do menino, o delegado afirmou que o caso só será reaberto se houver um novo fato. Quanto a relação entre as mortes de Bernardo e Kimberly Ruana Rückert, Wondracek não fez relações:

– A única ligação é que Kimberly é filha de uma policial, chefe da seção de investigação da delegacia de Três Passos. Até a noite de terça-feira, o pai e a madrasta ainda não haviam sido interrogados.

Continua depois da publicidade

O caso que chocou o Rio Grande do Sul

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, para comprar uma TV.

De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.

Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.

Continua depois da publicidade

Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini – que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município -, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo. O casal aparentava ter uma vida dupla, segundo relatos de amigos e vizinhos.

Corpo do menino foi encontrado a 80 quilômetros de Três Passos: