Um tribunal no Egito condenou à prisão perpétua o guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badei, assim como outras autoridades da confraria islamista, por manifestações violentas ocorridas em 2013 – anunciou o advogado da defesa neste domingo (12).

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A Irmandade Muçulmana é alvo de uma repressão judicial desde que o Exército destituiu, em 2013, o então presidente Mohamed Mursi, depois da onda de protestos que reivindicava sua saída do poder.

Neste domingo, o tribunal condenou à prisão perpétua quatro nomes da cúpula da Irmandade. Além de Badei, receberam a sentença Essam al-Erian, Mohamed al-Beltagui e Safwat Hegazi, indicou à AFP seu advogado, Abdelmoneim Abdelmaqsoud.

No Egito, o período máximo de detenção é de até 25 anos.

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Outros quatro coacusados foram condenados a penas que vão de 10 a 15 anos, acrescentou o advogado.

“Vamos apelar desses veredictos nos próximos 60 dias”, afirmou Abdelmaqsoud.

Os fatos remontam a julho de 2013, após a derrubada de Mursi, quando uma manifestação de apoio à Irmandade terminou em violência, deixando seis mortos, em um bairro no oeste do Cairo.

Essas lideranças foram condenadas, sobretudo, por reunião não autorizada, tentativa de assassinato e porte de armas de fogo.

Assim como Mursi, Badie já havia sido condenado à morte, ou à prisão perpétua, em vários processos.

Este é o segundo veredicto neste caso. Em setembro de 2014, um tribunal de primeira instância emitiu sentenças de prisão perpétua para os acusados, mas a Corte de Cassação anulou os julgamentos em 2015 e ordenou um novo processo.

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* AFP