A visita periódica ao ginecologista e a realização de exames laboratoriais são poderosos aliados dos médicos para diagnosticar e prevenir doenças graves.

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– Por mais que indiquemos uma avaliação anual completa, muitas mulheres só procuram o consultório quando sentem algum incômodo- afirma a ginecologista e obstetra Flávia Fairbanks.

Para orientar as pacientes, a médica relacionou algumas análises clínicas que devem ser realizadas no mínimo uma vez ao ano:

Citologia Oncótica Cervical

Conhecido popularmente como Papanicolau, o exame rastreia alterações nas células do colo do útero (parte inferior que se liga à vagina), podendo diagnosticar câncer de colo uterino, neoplasias intraepiteliais cervicais, bem como doenças sexualmente transmissíveis, como tricomoníase e gonorréia.

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Após dois anos de resultados normais, o Ministério da Saúde recomenda que o procedimento seja realizado com o intervalo de três anos, desde que não haja troca de parceiro sexual.

Segundo a médica, não é comum esperar tanto tempo.

– Na prática, esse raciocínio é pouco usado, pois o benefício da coleta é muito grande, o que não justifica um intervalo tão longo- garante Flávia.

Exames de sangue e dosagens hormonais

Essas análises verificam se os componentes e nutrientes do sangue estão normais. Exames como TSH, T3 e T4 livre vão identificar alterações nos hormônios tireoidianos. Testes de glicemia, colesterol total e suas frações, triglicerídeos, creatina (avaliação da função renal), TGO e TGP (avaliação da função hepática) e hemograma completo também devem ser realizados de acordo com o caso da paciente, ressaltando que não precisam ser feitos todos os anos.

Mamografia e Ultrassom de Mama

Todas as mulheres entre 40 e 50 anos devem realizar o exame para a detecção precoce do câncer de mama. Para mais jovens, entre 16 e 39 anos, é indicado o ultrassom da mama. A avaliação consiste em produzir uma imagem radiográfica, obtida por um aparelho de Raio X chamado mamógrafo. O exame clínico, realizado pelo médico no consultório, identifica apenas nódulos ou tumores que já atingiram ao menos um centímetro, logo não substitui os exames complementares.

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Ultrassonografia pélvica transvaginal

A médica recomenda essa ultrassonografia sempre que houver alguma alteração no exame físico ou na investigação complementar das irregularidades menstruais e disfunções hormonais, bem como nas pacientes com dificuldades para engravidar.

– Além de detectar problemas no ovário, o exame avalia o endométrio e a parede uterina, podendo identificar possíveis alterações no órgão- esclarece ela.

A saúde do coração também deve ser acompanhada, principalmente se a paciente pertencer a grupos de risco cardiovascular como obesidade, sedentarismo, hipercolesterolemia ou história familiar. O teste ergométrico revelará se há necessidade de exames complementares, como o eletrocardiograma de esforço para diagnosticar arritmias cardíacas e obstruções nas artérias. Além disso, é importante lembrar-se da densitometria óssea para detectar a presença de osteoporose.

– A partir dos 40 anos também recomendo exame proctológico e exame de fundo de olho. O acompanhamento é a melhor maneira de fazer a prevenção e evitar grandes problemas- finaliza Flávia.

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