Três deputados chavistas dissidentes criaram uma nova corrente no Parlamento da Venezuela e foram reincorporados a suas funções nesta terça-feira no Legislativo de maioria opositora.

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O Bloco Parlamentar Socialista se uniu a um acordo aprovado pela Assembleia Nacional para não reconhecer a eleição da Assembleia Constituinte impulsionada pelo presidente Nicolás Maduro.

“Queremos que todos os que tenham liberdade de consciência se sintam em casa neste Parlamento […]. Têm toda a nossa prerrogativa e respeito”, disse o chefe do Legislativo, Julio Borges.

Os deputados chavistas reincorporados à sessão foram Eustoquio Contreras e Germán Ferrer, marido da procuradora-geral Luisa Ortega.

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Contreras assegurou que do Bloco Parlamentar Socialista também faz parte a legisladora Ivonne Téllez -que não compareceu nesta terça-feira- e prometeu que se somarão mais deputados.

“Somos socialistas […] e defendemos o ideário de Chávez, mas temos profundas diferenças táticas na maneira de administrar a conjuntura”, disse o legislador.

Contreras assinalou que o ponto de maior divergência com o governo foi a Constituinte: “não fomos consultados, nem nós nem o povo”.

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“Acreditamos que a República está em crise, estamos chegando a uma polarização radical, que está matando a institucionalidade. Todos temos que fazer um grande esforço para nos entendermos”, acrescentou.

No acordo aprovado, a maioria opositora desconhece “a eleição em 30 de julho dos integrantes da fraudulenta e ilegítima Assembleia Nacional Constituinte, convocada sem referendo popular”.

Pediu também aos funcionários da Força Armada que “desobedeçam os atos derivados” da nova Assembleia.

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Os deputados também condenaram o que consideram um “massacre” contra as pessoas que, no domingo, protestaram contra a eleição da Constituinte.

* AFP