O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, culpou os países desenvolvidos do hemisfério norte, “berço de nossos males” pela crise financeira internacional e disse que “é preciso enterrar” o capitalismo, durante reunião nesta terça-feira com seu colega do Equador, Rafael Correa, na cidade equatoriana de Puyo. Chávez sugeriu a seus aliados latino-americanos atuar com “audácia” contra a crise, usando o termo “basta” e apostando em conseqüências ainda imprevisíveis.
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A crise “tem que nos obrigar à reflexão e à ação, à tomada de decisões para garantir o futuro de nossos países, o desenvolvimento humano e o desenvolvimento econômico” da região, disse Chávez, em Puyo.
– Sabemos a situação que está passando no mundo, sabemos que se suscitou uma crise de graves proporções e de conseqüências ainda imprevisíveis – expressou o chefe do governo venezuelano.
Por sua vez, Correa disse que a crise pode se transformar em uma oportunidade para os países sul-americanos dependerem “de nossa própria força”.
Correa perguntou “o que será”, após o colapso financeiro atual, “daqueles analistas e personagens que defendiam a globalização e o mercado livre”.
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– Os governantes que defendiam essa visão são agora os mais vulneráveis à crise – que, de acordo a ele, “está se generalizando”.
Os chefes de Estado do Equador e Venezuela reúnem-se hoje em Puyo, na Amazônia equatoriana, para avaliar o andamento do ambicioso programa de projetos de desenvolvimento, cooperação e integração, que realizam em conjunto.
Entenda a crise nos mercados mundiais