O presidente Hugo Chávez, reeleito para mais seis anos de mandato no domingo passado, nomeou o chanceler Nicolás Maduro para a vice-presidência da Venezuela, no lugar de Elías Jaua, durante discurso no ato de sua proclamação como mandatário para o período 2013-2019.
Continua depois da publicidade
“Quero pedir um aplauso de apoio, de estímulo, ao novo vice-presidente, que é Nicolás Maduro, o chanceler Nicolás Maduro”, disse Chávez na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Elías Jaua abandonará a vice-presidência para concorrer ao governo do Estado de Miranda (norte) nas eleições de 16 de dezembro, contra o ex-candidato presidencial Henrique Capriles.
Chávez revelou no discurso que Jaua e Maduro já estão fazendo “gestões para a passagem de comando”.
Maduro, 49 anos, foi motorista de ônibus e líder sindical antes de ser eleito deputado, em 1999, pelo Movimento Quinta República (MVR), fundado por Chávez. Assumiu a presidência da Assembleia Nacional em 2005, um ano antes de ser nomeado chanceler, em meados de 2006.
Continua depois da publicidade
“Olhem onde vai Nicolás, o motorista de ônibus Nicolás…”, brincou Chávez ao nomeá-lo vice-presidente.
Nos últimos meses, durante a recuperação de Chávez de um câncer detectado em 2011, Maduro assumiu um papel mais ativo na diplomacia venezuelana, substituindo o presidente em reuniões internacionais, como a Cúpula das Américas celebrada em Cartagena (Colômbia) em abril.
O nome do então chanceler surgiu com destaque entre os possíveis sucessores de Chávez durante os meses em que o presidente lutou contra o câncer, do qual garante estar curado.
Sobre os próximos seis anos de governo, Chávez afirmou seu desejo de “ser o grande revisor, mas peço a todos que sejam revisores, precisamos corrigir muitas coisas (…) para dar mais força e mais vida ao projeto socialista”.
Continua depois da publicidade
O presidente, no poder desde 1999, afirmou que durante a campanha a oposição superestimou as queixas dos venezuelanos sobre a insegurança, a falta de emprego ou o déficit na habitação, entre outros.
“Estamos obrigados como governo e como Estado a acelerar as respostas eficientes e a solução dos milhares e milhares de problemas que persistem” na Venezuela”.
Chávez reafirmou que seu próximo governo “deve ser um período de maior avanço, de maiores sucessos, de maior eficiência nesta transição do capitalismo, do neoliberalismo, para o socialismo que é a democracia”. “Apenas o povo salva o povo, mas necessita poder, um povo com poder político e com poder de consciência”.
O CNE proclamou Chávez presidente da Venezuela para o período 2013-2019, após vencer no domingo o governador Henrique Capriles.
Continua depois da publicidade
No total, Chávez recebeu 8.136.637 votos, equivalentes a 55,26%, contra 6.499.575 votos, ou 44,13%, para Capriles Radonski, segundo o último boletim eleitoral.