Matemática e futebol não combinam. Aquela é determista, este lida com emoção. Mas a coexistência é pacífica, embora incômoda. A Chapecoense que o diga: não aguentava mais fazer contas para emplacar a Série A. O 1 a 0 sobre o Paraná terminou com a ansiedade e trouxe o sorriso de volta. E o gol? Dele, Bruno Rangel.
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Seria necessário vencer o Paraná. Três pontinhos que deflagaram uma imensa festa em Chapecó. Trouxeram aos guerreiros do Oeste, aos desbravadores, aos lutadores de uma região próspera um sentimento imenso de poder. Aquela sensação que o esporte amplia em dimensões imensuráveis quando recebe um time novo na elite.
A vaga matemática ainda não chegou, falta o resultado do jogo entre Ceará e Avaí, às 21h50min, que precisa acabar em empate. Porém pouco importa.
Não há catástrofe, não há terror, não há drama. Pelo contrário, os pontinhos que a intrusa matemática ainda pode exigir são um nada diluído na emoção de uma nação catarinense. Servem apenas para turbinar, em casa, sábado, contra o Bragantino, uma apoteose ainda maior.
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O técnico Gilmar Dal Pozzo precisava encontrar a solução para a interrupção nas vitórias. Não foi fácil. Como toda a jornada épica, nada chega fácil.
Contra o Paraná, o jogo foi novamente equilibrado. Uma primeira etapa equilibrada e brigada. No segundo tempo a solução apareceu: Bruno Rangel, aos 31 minutos, fez seu 28º gol e se transformou no maior artilheiro da história da Série B, desbancando Zé Carlos, que colecionou 27 gols pelo Criciúma.