A Chapecoense venceu o Paraná por 2 a 0 na fria noite de quarta-feira, na Arena Condá, e alcançou pela primeira vez a terceira fase da Copa do Brasil. O próximo adversário é outro paranaense, o Atlético.

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Nas cinco participações anteriores a Chapecoense nunca havia caído na primeira fase. Mas também nunca tinha chegado na terceira. Ano passado parecia que iria dar, após vencer por 2 a 0 o Sport em casa. Mas na Ilha do Retiro foi derrotada por 2 a 0 no tempo normal e 4 a 2 nos pênaltis.

Desta vez a Chapecoense decidia em casa e, mesmo tendo perdido o jogo no Paraná por 2 a 1, tinha a responsabilidade de vencer. Afinal era um time de Série A contra um time de Série B.

A Chapecoense não era mesma de 2008 que se contentou em eliminar o Guarani na primeira fase para depois fazer uma boa renda contra o Inter, na derrota por 2 a 0 em casa, mas que garantiu caixa para preparar o time para o vice-campeonato de 2009 e o acesso para a Série D, no mesmo ano.

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Naquela época a Chapecoense sonhava um dia ser que nem o Paraná, time que frequentou a Série A e entrava na Série B com expectativa de subir. Em 2013 ambos se encontraram na B e a Chapecoense subiu. Agora o Paraná queria ser a Chapecoense. Agora a Chapecoense é a pentacampeã estadual e que se deu ao luxo de usar um time misto no jogo de ida e deixar no banco nada menos que Bruno Rangel, artilheiro do Campeonato Catarinense.

Não que o técnico Guto Ferreira estivesse louco. É que ele tinha como opção Kempes. Um jogador que precisou de apenas dois minutos para fazer 1 a 0. Gil cruzou e o atacante da vasta cabeleira subiu mais alto que os zagueiros e cabeceou para dentro do gol.

Ele teve ainda outra oportunidade no primeiro tempo, mas mandou por cima.

Com o resultado favorável o Verdão passou a administrar o jogo. Alguns torcedores reclamaram que o time poderia ter partido para cima e liquidado o jogo.

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Afinal, um empate serviria para o time visitante. O Paraná levou 25 minutos para chegar no ataque. Mas, quando chegou, levou perigo. Rafael Carioca aproveitou a sobra de um cruzamento dentro da área e mandou na trave.

No intervalo a Chapecoense mostrou no telão um vídeo exaltando a ascensão meteórica do clube, que em cinco anos subiu da Série D par aa Série A.

No segundo tempo, Anderson Uchôa deu outro susto, ao concluir por cima uma bola que recebeu dentro da área.

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Mas a Chapecoense mostrou que tem mais qualidade. Ananias recebeu na esquerda aos 36 minutos, cruzou e o craque do time, Cleber Santana, desviou de cabeça encobrindo o goleiro Marcos e fazendo o gol da tranquilidade. E só não fez mais um porque o goleiro Marcos fez grande defesa. Marcelo Boeck também teve que se espichar para evitar o gol que levaria o jogo para os pênaltis.

Esse é um time que fez valer o favoritismo no estadual e também contra o Paraná, quebrando mais um tabu. Talvez seja o ano de fazer na Copa do Brasil uma campanha para ser admirada, assim como a ascensão do clube.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE (2)
Marcelo Boeck, Cláudio Winck, Willian Thiego, Rafael Lima, Dener, Josimar (Moisés), Gil, Cleber Santana, Ananias, Kempes (Bruno Rangel), Lucas Gomes (Hyoran)

Técnico:
Guto Ferreira

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PARANÁ (0)
Marcos, Diego Tavares, Pitty, João Paulo, Rafael Carioca, Lucas Otávio (Murilo), Anderson Uchôa, Nadson, Valber, Robson, Lúcio Flávio (Marcelinho) 

Técnico: Claudinei Oliveira.

Gols: Kempes (C), aos dois minutos do primeiro tempo e Cleber Santana (C), aos 36 do segundo tempo

Arbitragem: Alexandre Vargas Tavares de Jesus-RJ, Leirson Peing Martins-RS e Maurício Correa Silva Penna-RS.

Cartões amarelos: Josimar (C) e Anderson Uchôa (P).
Cartão vermelho: Dener (C), aos 45 minutos do segundo tempo
Local: Arena Condá, em Chapecó
Público: 4.472
Renda: R$ 45.670

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