Além da demissão de 13 funcionários diretos e três que estavam prestando consultoria como pessoa jurídica, anunciados na terça-feira (8), a Chapecoense negociou nos últimos dias cerca de 30 contratos de prestação de serviço – nos setores de limpeza, segurança, saúde, gerador de energia, entre outros. Já as demissões foram nos setores de marketing, jurídico, administração, categorias de base e assessoria de imprensa.

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Nesses setores houve uma redução de 23% do pessoal. No geral, o número de funcionários do clube era de 231 antes das demissões. As medidas foram tomadas pelo comitê de finanças e o conselho gestor da Chape, que foram criados no final do mês de agosto, quando o presidente Plínio David de Nes Filho acabou se afastando para cuidar da saúde, mas permaneceu como representante do clube na CBF e na busca por novas receitas.

O presidente interino, Paulo Magro, disse que as medidas eram necessárias para reduzir o déficit do clube. O direito de imagem dos atletas está atrasado quatro meses. A receita do jogo contra o Flamengo, que passou dos R$ 900 mil, mais um empréstimo de R$ 1 milhão, permitiram pagar os salários de setembro.

– Futebol é emoção mas nós estamos numa situação em que ou a gente aumenta a receita ou reduz despesas. Tivemos que reduzir para ficarmos dentro do orçado, que é de uma despesa de R$ 7,5 milhões por mês. Tivemos meses que ficou entre R$ 8,3 milhões e R$ 8,4 milhões por mês. Em agosto já ficou abaixo de R$ 8 milhões. Essa redução de funcionários representa 7% da despesa de pessoal, fora o futebol. Em contratos os valores terão uma redução de cerca de 40% – disse Magro.

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Outra medida tomada pela Chapecoense é a contração da consultoria Ernst & Young para buscar mais receitas para o clube. Um novo patrocinador, que também vai patrocinar outros times do Brasileirão, será anunciado até o final de outubro.

Com isso a projeção é de um déficit de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões numa projeção otimista, de não cair para a Série B e vender um ou dois jogadores. Se cair para a Série B a Chapecoense perde R$ 11 milhões em receita de TV, de R$ 45 milhões se ficasse em 16º colocado, para R$ 34 milhões. Caso isso aconteça e o clube não negociar nenhum jogador, o déficit pode chegar a R$ 30 milhões segundo Magro.

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