O jogo mais importante dos 43 anos de história da Chapecoense. Não é exagero classificar assim o duelo das 21h45min desta quarta-feira, contra o San Lorenzo, na Arena Condá. Não apenas pelo fato de o adversário se tratar do “time do Papa Francisco”, campeão da Libertadores de 2014. É que a partida vale vaga na final da Copa Sul-Americana, a segunda competição de clubes mais importante da América.

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Nunca um clube catarinense havia chegado sequer em uma semifinal internacional, feito que já foi conquistado pela Chapecoense. Superar o San Lorenzo significa estar a um passo da Taça Libertadores da América e do primeiro título e Santa Catarina no cenário continental.

Tem bandeira nova pela cidade, gente de toda a região comprando ingresso e uma mobilização para recepcionar os jogadores antes da partida, na chegada do ônibus ao estádio.

A importância do jogo se revela pela procura por bilhetes. Será o maior público do ano, superando os 15 mil da final do Catarinense contra o Joinville. Talvez será o maior da história, que foi o de Chapecoense 1 x 2 Grêmio, no Brasileirão de 2014, com 19.124 pessoas.

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– Acho que é o jogo do ano e da história por ter esse viés de ser o primeiro catarinense a chegar numa semifinal da competição – avaliou o gerente de futebol, Cadu Gaúcho.

E olha que ele tem muitos jogos históricos no currículo, como o do acesso para a Série C, em 2009, contra o Alto Araguaia, debaixo de granizo.

Como diretor, ele poderia citar o acesso para a Série B em 2012, contra o Luverdense. Ou, então, o empate contra o Bragantino, que carimbou a passagem para a Série A em 2013.

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O técnico Caio Júnior vem falando que este é o jogo mais importante da história do clube desde o início do mês. E reiterou isso na coletiva dada na véspera do jogo.

– É importante para coroar a seriedade, o planejamento e o caráter, coisas que faltam no nosso país e que são valores que a gente vê nos nossos dirigentes – declarou o comandante.

E para a torcida o jogo é tão importante que teve gente indo na véspera. Os estudantes Marcieli Giordani, de 24 anos, e Matheus Sebenello, de 15 anos, foram acompanhar o treinamento na Arena Condá. Até a cachorrinha Anny Pelúcia foi com as unhas pintadas de verde.

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Ela também considera que o jogo contra o San Lorenzo é o maior até agora. Mateus disse que a vitória por 2 a 1 contra o River Plate seria o maior, se não fosse nas quartas-de-final, fase anterior à atual. Mas o que os dois quokerem mesmo é superar isso. Eles já viram a Chape fazer três gols no final de uma partida que estava sendo eliminado pelo Cuiabá, viram Danilo pegar quatro pênaltis contra o Independiente e o time fazer 3 a 0 diante do Junior Barranquilla, debaixo de um toró de água. Eles já viram muita coisa. Mas querem jogos cada vez mais importantes.

Danilo desempenha papel de protagonismo no jogo de hoje. Se fechar o gol, o camisa 1 do Verdão garante a vaga do time na decisão. No jogo de ida, na Argentina, a Chapecoense empatou por 1 a 1. E o gol fora de casa é critério de desempate no torneio continental.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE

Danilo, Caramelo, Willian Thiego, Neto e Dener Assunção; Josimar, Matheus Biteco (Gil) e Cleber Santana; Ananias (Tiaguinho), Lucas Gomes e Kempes.

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Técnico: Caio Jr.

SAN LORENZO

Torrico; Angeleri, Díaz, Caruzzo, Emanuel Más; Mussis, Cauteruccio, Corujo, Ortigoza, Blanco; Blandi.

Técnico: Diego Aguirre

Horário: 21h45min

Arbitragem: Daniel Fedorczuk, auxiliado por Miguel Nevas e Richard Trinidad (trio do Uruguai)

Local: Arena Condá, em Chapecó

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