Na partida contra o Goiás, neste domingo, a Chapecoense comemorou sua permanência na Série A homenageando aqueles que comandaram o time nos momentos mais importantes de sua história.

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Chapecoense perde para o Goiás

OUÇA O PODCAST DO DC ESPORTES, com entrevista com Cadu Gaúcho

O clube deu placas de reconhecimento e camisas personalizadas para Edgar Ferreira, técnico do primeiro título em 1977, Joel Castro Flores, campeão em 1996, Agenor Piccinin, que venceu o Torneio Seletivo de 2002, a Copa Santa Catarina de 2006 e o Catarinense de 2007, Mauro Ovelha, comandante do título de 2011 e o acesso para a Série C do Brasileirão de 2009, e Gilmar Dal Pozzo, responsável pelos acessos para a Série B em 2012 e para a Série A em 2013, além da Taça Santa Catarina de 2014.

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Cada um leva nas costas a dezena da conquista mais importante. Gilmar Dal Pozzo, por exemplo, usava o 13.

– Aquela campanha vai ficar na história – disse o atual treinador do Náutico, sobre o vice-campeonato da Série B de 2013, em que o time venceu oito e empatou dois nas dez primeiras rodadas, sempre figurando entre os três primeiros.

Na entrevista coletiva o presidente do Conselho Deliberativo, Plínio David De Nês Filho, chegou a se emocionar e deixar lágrimas escorrerem dos olhos ao lembrar das dificuldades e vitórias desde a fundação do clube, em 1973.

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Ele lembrou de um diálogo com o técnico Edgar Ferreira, na preparação para o Campeonato Catarinense de 1977.

– O que você precisa para sermos algo importante no futebol de Santa Catarina – perguntou o jovem Plínio.

– Preciso de um centromédio – respondeu Edgar Ferreira.

Foi aí que a direção buscou Janga, do Lajeadense, que ficou campeão em 1977 e ficou no clube até 1986.

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Agenor Piccinin lembrou que pegou o time em situações difíceis, primeiro em 1996, quando treinou o time até classificar para a final contra o Joinville, depois no Torneio Seletivo de 2002, quando a Chapecoense corria o risco de cair para a Segundona, e no título de 2007, quando a equipe tinha um time com folha de cerca de R$ 60 mil mensais.

– Foi uma das equipes mais humildes mas que deu certo e chegou ao título – rememorou, numa campanha de 19 jogos invicto.

Joel Castro Flores agradeceu Piccinin e disse que seu trabalho foi de remotivar um grupo que andava desanimado com a demora na definição do título de 1996, pois o Joinville se recusou a jogar a segunda partida da final em Chapecó, após um foguetório no hotel em que estava hospedado.

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A segunda partida foi disputada somente seis meses depois.

Mauro Ovelha lembrou dos tempos difíceis de viagens de ônibus para o Mato Grosso, na Série D.

– Nós saíamos na quarta-feira para jogar no domingo pois tínhamos que encarar viagens de quase 30 horas – contou. Num dos episódios, Ovelha deu a preleção fora do vestiário, debaixo de uma mangueira, pois fazia muito calor.

São capítulos que preenchem uma história muito rica, de um clube que vem atraindo a atenção e simpatia em todo o país.

O presidente Sandro Pallaoro, que foi diretor de futebol de 2009 até 2010, quando foi eleito presidente no final do ano, lembrou que o clube quase fechou, mas ressurgiu graças ao trabalho de todos. Ele ressaltou que o reconhecimento precisa ser dado em vida e por isso foi realizada a homenagem aos técnicos.

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– Eles tiveram participação nessa história, não adianta estádio bonito se não tiver pessoas que vistam essa camisa com orgulho – concluiu.