Há muito tempo o Campeonato Catarinense é conhecido como um dos mais equilibrados do país. Quase sempre, cinco forças disputam palmo a palmo o título. No ano que vem, este DNA pode ser modificado, pois a Chapecoense ameaça ser o carro-chefe da competição.
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O Verdão do Oeste, que já termina o ano como o melhor de SC na elite, tem várias credenciais para estar um passo à frente dos demais: maior orçamento, time-base e comissão técnica mantidos, histórico de contratações eficientes, suporte de sócios e torcedores e arena de alto nível são alguns deles.
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O Verdão manteve os principais nomes que ajudaram a equipe a ser a mais consistente do Estado no Brasileiro e ter passagem histórica pela Copa Sul-Americana. A mais recente renovação teve valor de “reforço”. Quando todos davam por certo a saída de Apodi, que concorreu à Bola de Prata, o atleta que brilhou na temporada foi mantido, mesmo com assédio de grandes clubes brasileiros e do exterior.
Famosa por ter zaga forte, meio consistente e por revelar atacantes de alto nível, é difícil imaginar que não vá dar certo a nova aposta para o setor ofensivo. O clube trouxe o atacante Martin Alaniz, do River Plate uruguaio. Um atleta já com experiência no futebol mexicano e no Argentinos Juniors.
Para tentar impedir que o Verdão do Oeste use o sistema de pontos corridos (adotado no Catarinense) para varrer adversários e chegar com sobras ao título, o principal candidato é o Figueirense. Principalmente por ter potencial de montar um time à altura devido ao orçamento, que será de Série A.
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No pacote de recursos, clubes da elite chegam a ter poder de investimento até 10 vezes maior do que os que estão na Série B. Além disso a disputa da Copa Sul-Minas-Rio garantirá incremento de receita para o Alvinegro, coisa que a Chapecoense não terá.
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Conspira contra o Figueira o fato de ter terminado o ano bem menos estruturado que o time do Oeste. Aliás, Figueirense e Chapecoense têm uma das maiores rivalidades atuais. O grupo do Alvinegro terá de ser reconstruído em sua base. Os únicos reforços até o momento são o atacante Guilherme Queiroz, artilheiro da Série C pela Portuguesa, e o volante Jackson, que estava no Náutico.
O clube já perdeu ou abriu mão de Thiago Heleno, Cereceda, Juninho, Paulo Roberto, Fabinho, Rafael Bastos e está quase certa a saída dos principais nomes: o goleiro Alex Muralha e o atacante Clayton. Como consolo, nomes de bom nível como Marquinhos Pedroso, Yago, Bruno Alves, Leandro Silva e Sueliton estão mantidos.
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Avaí, JEC e Tigre terão apostas no comando para 2016
Correrão por fora na competição times em total reestruturação como Joinville, Avaí e Criciúma. Os dois primeiros se readequando à realidade da Série B, e o Tigre vindo de uma temporada ruim na segunda divisão. Um desafio para técnicos que também encaram desafios iniciais.
No JEC, PC Gusmão tem a vantagem de ter feito bom trabalho em parte da Série A. Mas a implantação de sua filosofia vai ocorrer agora, no Estadual. No Tigre, Roberto Cavalo também já experimentou o grupo em meio à Série B, reorganizou e planejou o futuro.
O mais ameaçado de todos é o Avaí. Manteve Raul Cabral, uma aposta. Que terá de se entender com Marcelo Gonçalves, profissional trazido para organizar o futebol. O Leão já esteve ameaçado de rebaixamento no Estadual de 2015, e fez um Brasileiro irregular.
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Estas são as apostas.
As continuidades ficam por conta justamente dos dois times da elite. Na Chapecoense, Guto Ferreira está aprovado. Trabalho sólido e respeitado junto à torcida. E, no Figueirense, Hudson Coutinho ainda busca afirmação, mas deixou ótima impressão no comando e salvou o time do rebaixamento.