Dois eventos de interesse da população catarinense se realizam nesta terça na cidade de Chapecó. O primeiro começa às 9h com a reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Fiesc. Serão debatidos os desafios e as medidas a serem tomadas para evitar agravamento da situação do agronegócio, um dos pilares de sustentação da economia estadual. O setor de carnes vive há meses o drama do aumento no preço do milho, importando do Centro-Oeste, e vital para a criação de aves e suínos. Os preços tiveram aumentos considerados exorbitantes, impedem repasse na venda aos consumidores e tiram competitividade no mercado mundial.
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Este fator adverso se tornou maior obstáculo a toda a cadeia de produção e comercialização de carnes pela crise econômica brasileira, que reduziu o consumo interno.
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O segundo evento será no Parque de Exposição Tancredo Neves com a realização da 11ª Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne, a Mercoagro, a maior do gênero nas Américas. Todos os 400 estandes foram vendidos. Estão confirmados investidores, compradores e fornecedores de 13 países.
A indústria de carnes tem evitado que a crise financeira no Estado seja muito mais grave. De janeiro a julho as exportações tiveram aumento de 42,2%. Os maiores compradores continuam sendo a Rússia e a China.
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Chapecó, um dos maiores polos agroindustriais do Brasil, continua padecendo de infraestrutura. O aeroporto é super acanhado e nesta época fica fechado com frequência;aBR-282 com tráfego pesado, lento e sem duplicação; e não se fala mais nas ferrovias da Integração e do Frango. Elas reduziriam, de um lado, o custo do milho importado do centro oeste, e, de outro, facilitariam o escoamento da produção.