Pela segunda vez no período de um ano, a cidade de Chapecó, no Oeste catarinense, recebe uma força-tarefa das polícias Civil e Militar na tentativa de conter o aumento de roubos e homicídios.
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Por determinação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a operação está na segunda semana e deve se encerrar nos próximos dias. Foram enviados ao Oeste policiais militares de unidades de elites como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar e a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil.
De acordo com a SSP, foram registrados seis assassinatos este ano em Chapecó, sendo que três dos crimes tiveram grande repercussão local porque foram cometidos com requintes de crueldade.
O que ainda não está completamente claro é a causa do crescimento da violência no município. O subcomandante-geral da PM, coronel João Henrique Silva, diz que é grande a reincidência de atos infracionais envolvendo adolescentes na região.
– A ação necessária não é só de polícia – pontuou o subcomandante.
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Silva relata que, nesses dias com o reforço dos policiais, já é possível notar resultados, como a diminuição das ocorrências. Houve ainda, conforme a SSP, a apreensão dos adolescentes suspeitos de terem cometidos três mortes.
Sobre enviar policiais ao interior em pleno andamento da Operação Veraneio, quando policiais do interior são deslocados ao litoral para o reforço do policiamento, o subcomandante acrescentou as equipes enviadas a Chapecó são forças especiais e diferenciadas para intervenções diante da necessidade que ficou exposta em Chapecó.
No dia 22 de janeiro, a SSP recebeu em Florianópolis o prefeito de Chapecó, José Caramori (PSD), que relatou o temor da população com a agressividade dos criminosos e a participação de adolescentes.
Esta é a segunda vez que uma força-tarefa é enviada para Chapecó em um ano. A outra aconteceu em fevereiro e 2014 e houve queda em assaltos e homicídios durante a ação.
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O DC apurou que a cidade de Joinville, no Norte, pode ser a próxima a receber uma força-tarefa em razão do aumento da criminalidade.