Chapecó decreta situação de emergência em virtude dos casos de dengue

O avanço dos casos de dengue em Chapecó levou o prefeito Luciano Buligon a decretar situação de emergência no município. E Pinhalzinho, onde a situação é mais grave, deve tomar a mesma medida a partir de hoje, segundo a secretária de Saúde, Aida Silva.

Em Chapecó o prefeito Luciano Buligon anunciou a medida na manhã desta segunda-feira, durante o lançamento de um projeto piloto de armadilhas feitas com garrafas plásticas para combater o mosquito Aedes aegypti, na Escola Básica Municipal Água Amarela.

De acordo com o prefeito o decreto vai permitir ao município tomar medidas adicionais no combate ao mosquito trasmissor da dengue, zika e chicungunya.

– Já contratamos dez pessoas e está autorizada a contratação de mais dez na semana que vem se for necessário – informou.

Com isso já são 100 servidores atuando no combate ao Aedes Aegypti.

Chapecó já tem dez casos de dengue contraídos no município, 12 importados e 73 em investigação. Em Pinhalzinho existem 56 casos confirmados contraídos no local e outros 160 com investigação de origem.

Outro motivo para o decreto seria a possibilidade de outras ações, como romper obstáculos que estão acumulando água em áreas particulares.

Buligon citou o exemplo de uma construção particular abandonada, onde o município já aplicou multas e colocou bombas para remover a água.

– É uma ação preventiva pois as medidas precisam ser rápidas – disse Buligon.

O superintendente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Fábio Gaudenzi, que está na região oeste orientando as salas de situação municipais sobre as melhores ações no combate ao Aedes aegypti, disse que existem duas situações diferentes.

Uma é o que preconizam os órgãos internacionais de saúde e que o Brasil adotou para decretar emergência em função do aumento dos casos de microcefalia relacionados ao zika vírus.

Já os decretos municipais cumprem uma legislação própria e não significam que há uma emergência em saúde, com esgotamento da capacidade de atendimento.

– É um mecanismo que pode ser adotado em virtude do risco, para intensificar ações de comate ao vetor – expolicou Guarenzi.

Nesta terça-feira será divulgado um novo boletim atualizando os dados sobre dengue, zika e chicungunya.