Chapecó anunciou no início da tarde deste sábado (13) medidas mais rígidas para frear o contágio do coronavírus. A prefeitura determinou a suspensão das atividades em bares, choperias, petiscarias e semelhantes, e também proibiu a abertura de cinemas, teatros e museus. O decreto, assinado pelo prefeito João Rodrigues, atende a uma recomendação feita pelo Ministério Público de Santa Catarina.
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O promotor de plantão, Eduardo Sens do Santos, havia questionado a prefeitura de Chapecó sobre o porquê privilegiar segmentos não essenciais da economia em relação às aulas nas escolas, que tiveram o início suspenso na última semana. Na manhã deste sábado (13), Rodrigues chegou a fazer uma live alegando que lutaria “contra o lockdown” e que “a economia precisa girar”.
Quatro horas depois, após a recomendação do MPSC, o prefeito recuou e anunciou as novas restrições.
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As medidas valem a partir da meia-noite deste domingo (14) e se estendem até 22 de fevereiro. Os estabelecimentos que são alvo do decreto, conforme o próprio documento, são “locais destinados a happy hours ou consumo predominante de bebida em qualquer horário”.
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Além disso, templos de qualquer religião, cinemas e teatros também deverão fechar as portas. Aqueles que descumprirem estarão sujeitos a interdição e ao pagamento de uma multa que pode chegar a R$ 150 mil.
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Restaurantes, porém, não se enquadram nos comércios que terão suspender atividades, mas precisarão respeitar horários das 10h às 14h e das 18h às 22h. Essa especificação vale apenas para aqueles que servam almoço ou janta, não valendo para as chamadas petiscarias. Apesar da permissão de funcionamento, todos deverão respeitar os limites de ocupação e as regras de distanciamento e higienização.
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Escolas fechadas
Um dia antes, outro decreto fechou as escolas das redes públicas e privadas. A decisão que envolve a área da educação, ao contrário do decreto deste sábado, é válida por tempo indeterminado, até segunda ordem.
As decisões ocorrem no momento em que o Oeste vive o colapso da rede de saúde, com 94,9% dos leitos gerais de terapia intensiva (UTI) ocupados e 98,2% das vagas em leitos adulto preenchidas.
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