A Chapecoense está contrariando o ditado popular de “quem não faz, leva”. Nessa temporada o Verdão vem se especializando no resultado de não fazer, mas também não levar. Nos últimos quatro jogos, em três empatou sem gols. Se contar o time titular, nos últimos três jogos foram três 0 a 0. O primeiro foi contra o Unión La Calera, pela Sul-Americana, no Chile, no dia 5 de fevereiro. O segundo foi contra o São José, em Porto Alegre, na quarta-feira passada. E, neste sábado, mais um jogo sem gols, diante do Figueirense, pelo Campeonato Catarinense.
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O time até está com invencibilidade na temporada, com cinco vitórias e cinco empates em dez jogos. Mas o desempenho em campo não está deixando feliz o torcedor do Verdão, que inclusive vaiou o time na partida contra o Figueirense.
O técnico Claudinei Oliveira vem listando uma série de dificuldades, uma hora o gramado sintético, outra as viagens que já passam de nove mil quilômetros, o curto espaço de tempo de preparação, dez jogos em um mês, falta de tempo para treinar, entre outros. Nem falou da série de lesões até para não causar desconforto na comissão técnica.
Mas fez questão de ressaltar que o time, apesar de não estar criando muito, está bem defensivamente.
– Já é o terceiro jogo com o time titular que não sofremos gol. Temos que corrigir e evoluir na parte ofensiva mas defensivamente estamos bem – argumentou o treinador.
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Contra o Figueirense o técnico disse que tentou montar um losango mas que não foi bem assimilado pelo grupo pois não deu tempo de treinar a parte tática após o jogo contra o São José-RS, pela Copa do Brasil.
Ele elogiou o técnico Hemerson Maria, dizendo que monta muito bem suas equipes, e lembrou que não pode agir passionalmente como torcedor pede muitas vezes. Disse que se arriscasse mais poderia levar um gol de contra-ataque, lembrando que na final do ano passado a Chapecoense perdeu o título em casa, para o Figueirense, por 2 a 0.
Só que é necessária uma ressalva de que neste sábado o Figueirense atuou com um time misto, com vários titulares sendo poupados para o jogo de quarta-feira, contra o Luverdense, pela Copa do Brasil. Iniciaram a partida quatro titulares e outros três entraram no segundo tempo.
Talvez por isso o torcedor foi mais impaciente, já que o Verdão atuou com sua equipe principal. No final houve vaias e até gritos de “vergonha”.
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– Isso veio só de uma parte da torcida. O torcedor paga ingresso e tem o direito de se manifestar. Só não pode ofender xingando pai e mãe. Isso é falta de educação. O povo daqui é muito educado mas tem alguns que não são – lamentou o técnico.