Sessenta e cinco vezes Bruno Rangel. O atacante da Chapecoense marcou os três gols da vitória por 4 a 0 contra o Avaí, neste domingo, na Arena Condá, e se tornou o maior artilheiro da história do Verdão. Com a força do Power Rangel a Chapecoense manteve 100% no returno do Catarinense, com quatro vitórias em quatro jogos, a invencibilidade no campeonato e se mantém como favorita a conquistar também o returno.

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Já o Avaí praticamente ficou fora da disputa pois não somou nenhum ponto no returno.

Bruno Rangel havia igualado a marca de 62 gols ao marcar um na vitória contra o Guarani, por 2 a 1, em Palhoça. A meta agora era superar o ídolo Índio, dos anos 90.

E ele conseguiu essa marca logo aos 19 minutos. Cleber Santana cobrou falta e Rangel mandou de cabeça para o gol. Ao se tornar o maior artilheiro da história do clube ele ergueu os braços para o céu, comemorou com os companheiros, com os jogadores do banco, com a comissão técnica, bateu palma para as sociais, aplaudiu a torcida na geral e beijou a aliança apontando para o local onde estava seus familiares.

O Avaí reclamou impedimento no lance. Então, para não dizerem que ele chegou na marca histórica com um gol irregular, Rangel tratou de fazer mais.

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Aos 35 ele aproveitou passe de Maranhão e tocou fraco na saída de Renan. Aos 42, em cruzamento de Maranhão, fez outro de cabeça.

– A gente sempre espera marcar mas fazer três é um dia especial, graças a Deus pus meu nome na história – disse, no intervalo.

Na comemoração do segundo e do terceiro gols Rangel novamente ele cumprimentou todo mundo.

Afinal ele se tornou majestade na Arena Condá. E é em Chapecó que ele se sente rei. O cara simples de jeitão tranquilo e que nunca tinha jogado uma Série A, se transformou no ¿cara¿ no clube do Oeste.

Depois de passagens por clubes como Paysandu, Joinville, ele saiu do Metropolitano para assinar com a Chapecoense em 2013. No vice-campeonato catarinense foi reserva de Rodrigo Gral e marcou apenas três gols. Mas, na Série B, virou titular e começou a empilhar gols. Foram 31, a maior marca da história da Série B, que resultaram no acesso para a Série A e o vice-campeonato.

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Pelo bom desempenho, acabou sendo contratado pelo Al-Arabi,do Catar. Lá ele não foi rei. Voltou para a Chapecoense no segundo semestre de 2014. Não foi titular. Nem em 2015. Chegou a ser sondado pelo Botafogo, entre outros clubes.

Mas acabou ficando pois tinha uma missão. A de ser o maior artilheiro da história num clube de Série A. Agora Rangel tem outras metas. Ser artilheiro do Catarinense e conquistar o título estadual.

Resta saber se alguém terá o antídoto para segurar o Power Rangel e o Verdão. O Avaí não conseguiu. E Gabriel tentou parar na base da força e foi expulso, aos 10 minutos do segundo tempo.

Mas independentemente se a taça vier ou não, Bruno Rangel já é herói no Oeste. Aos 25 minutos ele foi substituído por Kempes e saiu ovacionado pela torcida, que sempre vai lembrar do atacante que numa tarde de domingo fez três gols no Avaí.

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Para fechar a conta, Hyoran entrou no lugar de Ananias. Aos 39 minutos, ele subiu na área com Lucas Fernandes que acabou marcando contra. 4 a 0 para o Verdão. Os poucos torcedores avaianos que foram a Chapecó assistiram sentados a maioria do jogo, desanimados com o desempenho do time.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE (4)

Danilo, Gil, Marcelo, Willian Thiego e Dener; Moisés, Cleber Santana e Lucas Gomes (Nenén); Maranhão, Bruno Rangel (Kempes) e Ananias (Hyoran). Técnico: Guto Ferreira.

AVAÍ (0)

Renan, Renato, Gabriel, Antônio Carlos e Paulinho; Judson, Rafinha(Braga) e Caio César (Célio); Tauã, Romulo e Iury (Lucas Fernandes).

Técnico: Raul Cabral.

Gols: Bruno Rangel (C), aos 19 minutos, aos 35 e aos 42 do primeiro tempo. Lucas Fernandes, contra, aos 39 do segundo tempo (A)

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Cartões amarelos: Judson

Expulsão: Gabriel (A), aos 10 minutos do segundo tempo.

Arbitragem: Sandro Meira Ricci (Fifa), auxiliado por Carlos Berkenbrock e Rosnei Hoffmann Scherer.

Local: Arena Condá, em Chapecó

Público: 6.699

Renda: R$ 75.015