A Chapecoense reviveu seus melhores momentos na noite desta quinta-feira (20). Com uma escalação ousada e muita força defensiva, venceu o Cruzeiro, grande favorito da Série B, por 1 a 0, no Mineirão. O gol foi do ex-cruzeirense Anselmo Ramon.
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A vitória alçou a Chape, mesmo um jogo a menos do que a maioria dos concorrentes, ao G4, com sete pontos em nove disputados. O Cruzeiro, que arrancou com três vitórias, sofreu a primeira derrota e está com apenas três pontos, pois começou com seis negativos em punição imposta pela Fifa.
O técnico Umberto Louzer surpreendeu e escalou quatro atacantes: Aylon recuado na meia, centralizado, Lucas Tocantins e Paulinho Moccelin mais abertos pelos lados e Anselmo Ramon, recuperado da Covid-19, à frente. À natureza ofensiva da formação somava-se a missão de marcar as saídas pelos lados do Cruzeiro.
Com a bola nos pés, mobilidade. E essa foi a marca do primeiro gol, logo aos 9 minutos. Moccelin recebeu dentro da área, pelo lado direito, e ajeitou para trás. Anselmo Ramon bateu de esquerda, a bola desviou no zagueiro Cacá e encobriu o goleiro Fábio. Chape 1 a 0, com aval da famosa Lei do Ex. O atacante não comemorou.
– Em respeito à torcida do Cruzeiro – justificou.
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A movimentação do quarteto quase resultou no segundo gol aos 43. Desta vez, Anselmo Ramon curtiu uma de armador e fez lançamento para Paulinho Moccelin na ponta direita. O atacante chutou cruzado, rasteiro, e Aylon – como centroavante – por detalhes não alcançou.
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Com futebol tão apagado quanto os números anilados em sua camisa azul, o Cruzeiro voltou com duas mudanças, mas pouco criava e ainda oferecia espaços para os contragolpes da Chape. Anselmo Ramon, aos 16 da etapa final, recebeu pela esquerda e arriscou. Fábio espalmou para evitar um repeteco da lei do ex.
Aos 19, o Cruzeiro tentou usar a lei ao eu favor ao colocar em campo Arthur Caíke. Dez minutos depois, ele arriscou em cobrança de falta com pouco ângulo, mas a bola foi por cima.
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Fora intervenções em insistentes e infrutíferos cruzamentos, o goleiro da Chape, João Ricardo, só foi trabalhar para valer mesmo aos 22, quando se esticou para espalmar um chute cruzado de Marcelo Moreno. Pelo alto e por baixo, a zaga da Chape estava soberana. E quanto mais escanteios o time mineiro acumulava, mais Luiz Otávio e Joilson reinavam.
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Já com o quarteto ofensivo substituído – entraram Rone, Vini Locatelli, Roberto e Régis – a Chape seguia bem postada e buscando matar o jogo numa escapada. Rone, lançado pela esquerda, teve a chance, mas ao invadir a área em diagonal pegou mal na bola – bota mal nisso – e mandou para fora.
Nos minutos finais, o Cruzeiro foi pura pressão, pouca inspiração. Era noite de a Chapecoense reviver seus bons tempos e, quem sabe, embalar para revivê-los. O próximo passo será diante do Guarani, segunda-feira (24), às 20h, na Arena Condá.
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Ficha técnica
Cruzeiro (0)
Fábio; Raul Cáceres, Léo, Cacá e Giovanni (Patrick Brey); Adriano (Henrique), Ariel Cabral e Régis (Róberson); Stênio (Welinton), Marcelo Moreno e Maurício (Arthur Caíque). Técnico: Enderson Moreira
Chapecoense (1)
João Ricardo; Matheus, Joilson, Luiz Otávio e Alan Ruschel; Ronei (Derlan), Willian e Aylon (Rone); Lucas Tocantins (Vini Locatelli), Anselmo Ramon (Roberto) e Paulinho Moccelin (Régis). Técnico: Umberto Louzer
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Árbitro: Denis da Silva Ribeiro Serafim, auxiliado por Esdras Mariano de Lima Albuquerque e Brigida Cirilo Ferreira (trio de AL)
Gol: Anselmo Ramon (Ch), aos 9min, no primeiro tempo;
Cartões amarelos: Matheus (Ch), João Ricardo (CH) er Roberto (Ch).
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)