O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, afirmou nesta quarta-feira que a única saída para o caso de Julian Assange é a concessão de um salvo-conduto por parte do governo britânico para que o criador do site Wikileaks possa viajar ao Equador.
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Durante um evento à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, Patiño afirmou que o Equador está “absolutamente preparado” para dar refúgio a Assange em sua embaixada em Londres pelo tempo que for necessário.
“A única saída é a saída legal. Não vemos qualquer outra alternativa que a decisão do governo britânico de conceder um salvo-conduto ao senhor Assange”, disse Patiño antes de sua reunião, na quinta-feira, com o chanceler britânico, William Hague.
“O salvo-conduto não é apenas uma maneira de solucionar o impasse (…), é também uma forma de defender os direitos humanos de Assange. É justo, humano, mantê-lo na embaixada equatoriana durante meses ou años?” – questionou Patiño.
O chanceler britânico previu na terça-feira que a solução do caso Assange, na embaixada equatoriana em Londres desde 19 de junho, levará ainda “um bom tempo”, dando a entender que não ocorrerão avanços significativos em Nova York.
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Assange, 41 anos, se refugiou na embaixada equatoriana em Londres após esgotar todos os recursos contra sua extradição da Grã-Bretanha para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual.
O australiano teme que a Suécia lhe entregue aos Estados Unidos, onde poderia ser processado por revelar documentos diplomáticos americanos.