O chanceler chileno, Heraldo Muñoz, negou nesta segunda-feira ter-se intrometido em assuntos internos da Venezuela depois de expressar sua “preocupação” pela proibição de viajar para a Europa sofrida por Lilian Tintori, esposa do opositor preso Leopoldo López.

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Muñoz foi acusado no domingo por seu colega venezuelano Jorge Arreaza, de ter cometido uma “desrespeitosa intromissão” por apoiar Tintori, de quem agentes de migração do aeroporto de Caracas tiraram o passaporte, impedindo que ela entrasse no avião com destino para a Europa.

“Nos causa extrema preocupação quando há medidas como a retenção do passaporte e o impedimento de que Lilian Tintori possa viajar”, reafirmou Muñoz, nesta segunda-feira, em declaração à imprensa.

“A essa altura, pronunciar-se sobre assuntos que têm a ver com os direitos humanos é absolutamente ratificado pelo direito internacional de modo que isso não é intromissão”, acrescentou.

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A proibição à viagem de Tintori acontece em meio a uma investigação que foi aberta contra ela depois da denúncia do governo de Nicolás Maduro de ter encontrado 205 milhões de bolívares (61.000 dólares pelo câmbio oficial e cerca de 11.000 dólares no paralelo) em um veículo de sua propriedade.

O chanceler chileno reiterou que seu país deseja “uma saída pacífica e negociada à crise profunda que vive a Venezuela”, onde umas 125 pessoas morreram em manifestações entre abril e julho e centenas de opositores ao governo de Nicolás Maduro foram detidos.

O Chile concedeu na semana passada asilo a cinco juristas opositores venezolanos, que pediram proteção na embaixada chilena em Caracas.

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* AFP