A possibilidade de Porto Alegre receber mais partidas da Copa por causa da situação de Curitiba é remota.
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Ninguém na Fifa admite falar no plano para redistribuir entre outras sedes as quatro partidas da Arena da Baixada, caso a lenta reforma do estádio não termine a tempo. Depois da longa reunião no Maracanã, com representantes das 12 sedes, o secretário-geral Jérôme Valcke, disse não haver nenhuma decisão tomada.
– Estamos trabalhando para uma entrega em fim de abril, início de maio. É muito tarde. Precisamos manter um controle diário da situação – afirmou.
O prefeito José Fortunati participou do encontro, fez uma apresentação sobre Porto Alegre, buscou informações e até se disse pronto para colocar o Beira-Rio e a Arena do Grêmio à disposição em caso de necessidade. Mas a coletiva da Fifa teve como ponto principal um verdadeiro mutirão por Curitiba. Ao contrário da terça, quando houve ameaça de corte, desta vez o discurso foi de otimismo. O presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL), José Maria Marin, abriu os trabalhos dizendo que não acredita na saída da capital paranaense:
– Estão todos unidos, prefeitura, governo e Atlético. Tenho certeza absoluta que Curitiba não vai ficar fora da Copa.
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Logo depois, Bebeto, membro do conselho de administração do COL, cravou:
– Eles vão virar esse jogo, pode ter certeza.
Valcke ressaltou a importância de todas as operações funcionarem perfeitamente:
– Tem algumas coisas que não podemos mudar, são os detalhes que fazem a diferença entre um estádio de Copa e um estádio normal. Hospitalidade, mídia, área comercial, telecomunicações. Todos precisam falar como uma só voz em Curitiba. A melhor solução é deixar os jogos lá – concluiu.
Um detalhe importante: o secretário-geral até recomendou que os torcedores sigam comprando ingressos para os jogos da Arena da Baixada. Na segunda quinzena de fevereiro, a alta cúpula da entidade desembarca novamente no Brasil para uma vistoria no estádio e para o seminário de seleções, no Costão do Santinho, em Florianópolis.
Pode vir para a Arena do Grêmio?
É muito improvável. Segundo fontes do COL e da Fifa, a entidade não aceita improvisar um novo estádio, que não teve plano de logística e trânsito definidos há anos. Além disso, o investimento em estruturas temporárias montadas só para os jogos de Copa, e desmontadas depois, pode chegar a R$ 50 milhões – e teria de ser feito também na Arena.