Controladoria-Geral da União (CGU) pediu à Justiça Federal no Paraná para ouvir quatro delatores da Lava-Jato nas investigações conduzidas pelo órgão contra 29 empreiteiras que estão na mira da operação por suspeita de pagamento de propinas em obras da Petrobras.

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A CGU quer ouvir o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco e o executivo que atuava para a Toyo Setal Julio Camargo. Todos são réus e decidiram colaborar na Lava-Jato. Graças aos seus depoimentos, as investigações sobre o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras para abastecer partidos e políticos avançou e permitiu a abertura de inquéritos contra 50 políticos com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, responsável pelo julgamento de governadores.

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É a primeira vez que o órgão do Executivo, responsável por combater a corrupção no âmbito administrativo, pede para ouvir os delatores. A solicitação da CGU ocorreu no âmbito dos 29 Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) contra empreiteiras investigadas pela Lava-Jato.

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Com a medida, o órgão espera colher mais elementos para avançar nos processos que, caso as empresas sejam responsabilizadas, podem acarretar em penas como o impedimento das empresas em celebrar novos contratos, a aplicação de multas, ou até penas mais duras. Estão na mira da CGU empresas como a Odebrecht, a Andrade Gutierrez e a OAS, que estão entre as maiores empreiteiras do País, além das construtoras Engevix, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e UTC, cujos executivos são réus em ações da Lava Jato.

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Abaixo, veja o que já ocorreu durante as investigações:

Os fatos que marcaram a operação: