O cesto básico, composto por 57 produtos, aumentou 4,56% em abril, em relação a março, segundo pesquisa do Centro de Ciências Econômicas da Unochapecó, em parceria com o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom). De acordo com a coordenadora do projeto e do Curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, Bruna Furlanetto, há impacto do coronavírus no resultado.
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– Num primeiro momento teve uma demanda grande de alimentos e depois teve um pouco de redução pois alguns estabelecimentos estão fechados. Também não conseguimos fazer pesquisa com o álcool 46 pois não encontramos o produto em nenhum dos dez estabelecimentos pesquisados – disse.
O custo do cesto aumentou R$ 63,29 em um mês, passando de R$ 1.395,34 para R$ 1.458,63. Com isso as pessoas precisam de R$ 1,4 salário mínimo para comprar o cesto. A Cesta Básica, que tem somente 13 produtos, também aumentou, 3,61%, de R$ 320,60 para R$ 332,17.
O produto que teve maior percentual de aumento foi a cebola, com 70,56%, chegando próximo de R$ 4,00 por quilo. Isso teria ocorrido por uma demanda maior do produto de Santa Catarina para o Nordeste, além de uma redução nas importações da Argentina, devido a restrições causadas pelas medidas de combate ao Covid-19. A banana aumentou 30% e, o leite integral, 27,98%.
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De acordo com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados de Santa Catarina (Sindileite), houve uma redução da oferta superior a 20% devido ao período de entressafra aliado a problemas causados pelas estiagem, que afetou a alimentação das vacas.
A estiagem também ajuda a explicar a alta do feijão, que foi de 23,5%. Extrato de tomate também está no “top five” dos aumentos, com 24,7%.
Em compensação alguns produtos tiveram redução, principalmente os hortifrutigranjeiros. A alface caiu 17,5%, o tomate 11,1% e, a batata inglesa, 10,1%.
O cesto básico aumentou pela sexta vez consecutiva em Chapecó e está 3,5% mais caro que há um ano.