Florianópolis segue na segunda posição do ranking das capitais com a cesta básica mais cara do país. Em novembro, o custo do conjunto de alimentos básicos na capital catarinense foi de R$ 799,62, de acordo com o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

São Paulo aparece em primeiro lugar na lista, com a cesta custando R$ 828,39. Porto Alegre (R$ 780,71) e Rio de Janeiro (R$ 777,66) ficam em terceiro e quarto lugar, respectivamente. Florianópolis ocupa o segundo lugar no ranking desde junho deste ano, atrás apenas da capital paulista.

Em novembro, houve aumento na cesta básica em todas as 17 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa mensal. As maiores altas ocorreram em Recife (5,47%), Goiânia (4,64%), Brasília (4,39%) e João Pessoa (4,30%). Florianópolis teve o menor aumento mensal, de 0,34%. Em 12 meses, a alta acumulada na capital catarinense é de 6,96%.

Veja o ranking da cesta básica entre as capitais

  1. São Paulo R$ 828,39 (variação de 2,80%)
  2. Florianópolis R$ 799,62 (variação de 0,34%)
  3. Porto Alegre R$ 780,71 (variação de 0,83%)
  4. Rio de Janeiro R$ 777,66 (variação de 0,51%)
  5. Campo Grande R$ 772,45 (variação de 2,85%)
  6. Brasília R$ 742,25 (variação de 4,39%)
  7. Curitiba R$ 739,40 (variação de 1,76%)
  8. Goiânia R$ 727,65 (variação de 4,64%)
  9. Vitória R$ 726,51 (variação de 2,61%)
  10. Belo Horizonte R$ 686,90 (variação de 1,30%)
  11. Fortaleza R$ 663,95 (variação de 3,53%)
  12. Belém R$ 663,02 (variação de 2,02%)
  13. Natal R$ 593,54 (variação de 3,00%)
  14. João Pessoa R$ 590,82 (variação de 4,30%)
  15. Recife R$ 578,16 (variação de 5,47%)
  16. Salvador R$ 574,78 (variação de 2,52%)
  17. Aracaju R$ 533,26 (variação de 2,69%)

Continua depois da publicidade

O que puxa a alta

Segundo o Dieese, a alta da cesta básica nas 17 capitais é puxada pelo quilo da carne bovina de primeira, que aumentou pelo segundo mês consecutivo. Também subiram os preços do óleo de soja, do café em pó e da batata.

Já o preço do tomate apresentou queda em Florianópolis de -18,37%, indo na contramão de outras 12 capitais, onde registrou alta entre outubro e novembro. Também houve baixa de -8,29% no preço da banana. O feijão, por outro lado, aumentou 2,85% na capital catarinense, mas baixou em outras 12 capitais.

Terceira maior inflação anual entre capitais

Além da cesta básica, Florianópolis também figura entre as capitais com maiores índices de inflação, segundo o Índice de Custo de Vida (ICV). Esse índice é calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e equivale ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) usado pelo IBGE nas demais cidades brasileiras.

Considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses, a capital catarinense registrou em novembro o terceiro maior índice entre 17 capitais (5,69%). Até outubro, Florianópolis tinha a segunda maior inflação da lista, mas foi ultrapassada pela maranhense São Luís (6,21%). Ambas ficam atrás da mineira Belo Horizonte (6,53%).

Continua depois da publicidade

A inflação acumulada nos últimos 12 meses em Florianópolis se mantém acima do IPCA nacional – que está em 4,87%. A inflação de Florianópolis é ainda mais alta que a de grandes cidades como São Paulo (5,03%), Rio de Janeiro (4,76%), e Brasília (4,46%). E bem maior que as outras duas capitais da Região Sul: Porto Alegre (RS) tem a menor inflação entre todas as capitais pesquisadas (3,49%), enquanto Curitiba tem a terceira menor (4,22%).

Quando se considera apenas a variação dos preços apenas em 2024, as duas primeiras posições se invertem, com São Luís (5,76%) no topo da lista, seguida de Belo Horizonte (5,69%) e com Florianópolis (5,39%) também em terceiro lugar.

Inflação acumulada em 12 meses nas capitais

Maiores aumentos em Florianópolis

Três dos quatro produtos com maiores aumentos nos últimos 12 meses foram alimentos: batata inglesa (61,7%), laranja paulista (48,7%) e beterraba (37,8%). Considerando todo o grupo Alimentação e Bebidas, os aumentos no período foram de 8,17%, em média.

Em segundo lugar vem a habitação (6,65%), com grande peso das tarifas de energia elétrica residencial, que subiram 7,22% nos últimos 12 meses na Capital, além de produtos ligados a reforma de casas e alguns artigos de limpeza.

Continua depois da publicidade

Depois de alimentação e habitação, o grupo de preços pesquisados com maior aumento na cidade foi o de despesas pessoais (6,74%), puxada pela alta do preço dos cigarros (18,8%. Em quarto lugar vem os transportes (6,28%), com a escalada no preço das passagens aéreas (22,5%).

Os outros grupos de preços pesquisados tiveram aumentos abaixo da inflação geral em Florianópolis nos últimos 12 meses. É o caso de saúde e cuidados pessoais (4,89%), despesas com educação (3,59%), serviços de comunicação (3,45%) e artigos de residência (2,30%). O vestuário foi o único grupo com variação negativa (-3,02%).

Leia também

Inflação sobe 0,54% em novembro e supera teto da meta no ano, apura Udesc Esag

Cashback na telefonia e armas em “imposto do pecado”: o que deve mudar na reforma tributária