Os itens que compõem a cesta básica ficaram mais caros em2015 nas 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e EstudosSocioeconômicos (Dieese) faz a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. Osaumentos ocorreram em níveis superiores à variação do Índice Nacional de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA), que terminou o ano com alta de 10,67%.

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Ao comparar o valor acumulado da cesta básica em 2015 com osnúmeros de 2014, a pesquisa indica que o menor percentual de reajuste foi emManaus, com alta de 11,41%, atingindo R$ 357, seguido de Goiânia, com 11,51% evalor de R$ 335. Já a maior correção, de 23,67%, ocorreu em Salvador, onde osprodutos passaram a custar, em média, R$ 331. Apesar disso, Porto Alegre semantém como a capital pesquisada com a cesta básica mais cara do país (R$418,82), com alta de 20,16%.

Preço da cesta básica em Porto Alegre, a mais cara do país, sobe 1,2% e vai a R$ 387

Porto Alegre tem cesta básica mais cara entre capitais do país em setembro

Na lista das capitais com os maiores valores aparecem ainda:Florianópolis (R$ 414 e alta de 17,28%); São Paulo (R$ 412 alta de 16,36%); Riode Janeiro (R$ 394, alta de 16,62%) e Brasília (R$ 392 alta de 19,19%). Já osmenores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 296, mas com alta de 20,81%) eem Natal (R$ 309 e 15,34% mais cara).

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Tomando por base o valor da cesta mais cara do país, oDieese calculou que o valor do salário mínimo para uma família de quatropessoas, em dezembro, deveria alcançar R$ 3.517, correspondente a 4,47 vezes ovalor em vigor no período (R$ 788). Em dezembro de 2014, o valor ideal era R$3.399 ou 4,10 vezes o piso vigente naquele mês (R$ 724).

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Itens mais caros

Entre os principais itens que pressionaram o orçamentodoméstico na região do Centro-sul estão a carne bovina, tomate, pão francês,café em pó, açúcar, óleo de soja e batata. O arroz, o leite e a manteigaficaram mais caros em 17 localidades.

No Nordeste, a carne bovina subiu 8,48% em João Pessoa, na Paraíba,e 23,57% em Aracaju, em Sergipe. De acordo com a análise técnica do Dieese,entre os motivos estão a estiagem no início de 2015, os elevados volumes deexportação e os altos custos do boi magro e do bezerro.

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O tomate ficou 10,59% em Goiânia e 88,24% em Salvador etambém se justifica, conforme a avaliação técnica, a fatores do clima mais secono começo do ano e chuvas em excesso em outros períodos nas regiões produtoras.No caso do pão, ocorreu pressão de custo por causa da necessidade de se importartrigo mais caro por conta da elevação do dólar e também em razão das tarifasmais caras de água e luz. Em Goiânia, o preço do pão aumentou 3,08% e em campoGrande 25,03%.

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*Agência Brasil