O levantamento de abril do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta uma queda no valor da cesta básica em Florianópolis: no último mês, a redução foi de 1,22%. Mesmo assim, o preço do conjunto de alimentos básicos segue na capital de Santa Catarina como um dos mais altos do Brasil.

Continua depois da publicidade

Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total

Segundo o Dieese, o valor da cesta básica ficou em R$ 781,53 em Florianópolis em abril, o terceiro mais alto do Brasil, atrás apenas do preço em São Paulo (R$ 822,24) e Rio de Janeiro (R$ 801,15). Com isso, os gastos com alimentos na capital catarinense consomem 59,84% do salário mínimo líquido.

Veja o ranking da cesta básica entre as capitais

  1. São Paulo R$ 822,84 (variação de 1,18%)
  2. Rio de Janeiro R$ 801,15 (variação de -1,37%)
  3. Florianópolis R$ 781,53 (variação de -1,22%)
  4. Porto Alegre R$ 775,63 (variação de -0,23%)
  5. Campo Grande R$ 732,75 (variação de 0,37%)
  6. Brasília R$ 727,76 (variação de -2,66%)
  7. Vitória R$ 726,82 (variação de -0,35%)
  8. Curitiba R$ 726,64 (variação de -0,2%)
  9. Fortaleza R$ 714,68 (variação de 7,76%)
  10. Belo Horizonte R$ 712,70 (variação de 0,03%)
  11. Goiânia R$ 701,01 (variação de -0,36%)
  12. Belém R$ 681,45 (variação de 2,09%)
  13. Salvador R$ 640,12 (variação de 3,22%)
  14. Natal R$ 632,23 (variação de 4,44%)
  15. Recife R$ 617,28 (variação de 4,24%)
  16. João Pessoa R$ 614,75 (variação de 5,4%)
  17. Aracaju R$ 582,11 (variação de 4,84%)

Salário mínimo necessário

Com base na cesta mais cara, de São Paulo, e considerando a determinação constitucional que diz que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em abril de 2024, este valor para uma família de quatro pessoas ficou em R$ 6.912,69, ou seja, 4,9 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.412.

Continua depois da publicidade

Inflação em Florianópolis é menor em abril

Segundo o Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), os preços dos produtos e serviços consumidos em Florianópolis subiram menos em abril, revertendo a tendência do começo do ano. O índice vinha subindo, passando de 0,29% em dezembro para 0,65% em março. Em abril, no entanto, caiu para 0,38%.

Metro quadrado em cidades de SC segue com pequeno aumento em abril

Ainda conforme o levantamento da Udesc, o preço dos alimentos e bebidas se destacam com aumento de, em média, 0,77% no mês. Se considerados só os produtos comprados em supermercados e feiras para consumo em casa, a alta foi um pouco maior (0,86%). As refeições feitas fora de casa subiram menos (0,62%).

Os maiores aumentos foram os das hortaliças e verduras (5,3%), com destaque para a beterraba (13,8%). As frutas (alta de 3,6%) que mais encareceram foram mamão (9%), melancia (7,9%), morango (3%), uva (3%) e banana branca (2,3%). Tubérculos, raízes e legumes também subiram (3,2%), puxados pela cebola de cabeça (15%).

Arroz agulha (-5,5%) e feijão preto (-5,2%) também ficaram mais baratos, o que colabora com a queda geral dos preços de cereais, leguminosas e oleaginosas (-4,6%). Os preços das farinhas, féculas e massas também caíram (-0,6%).

Continua depois da publicidade

Mais de 21 milhões de declarações do Imposto de Renda já foram recebidas pela Receita Federal

Os gastos com transportes também tiveram alta em abril (0,68%). Segundo a Udesc, os combustíveis puxam esse aumento, com o preço do litro subindo 4,13% em abril. Por outro lado, as passagens aéreas ficaram 7,8% mais baratas.

Também houve alta na habitação (0,46%), vestuário (0,58%), saúde e cuidados pessoais (0,60%) e educação (0,17%). Os preços relacionados a despesas pessoais e serviços de comunicação ficaram estáveis. Já os artigos de residência foram o único grupo a ter queda geral nos preços (-1,37%).

Leia também

Taxa de endividamento das famílias catarinenses cai em abril, aponta Fecomércio

Agricultura do Rio Grande do Sul tem prejuízos de mais de R$ 500 milhões devido às chuvas