Por que Cesar vai ganhar?
A Vitória do Planejamento
Uma estratégia levada à risca nos últimos quatro anos garantiu a Cesar Junior a candidatura à prefeitura da Capital. O primeiro passo foi a disputa de quatro anos atrás. Aos 29 anos, entrou em um páreo polarizado entre Dário Berger (PMDB) e Esperidião Amin (PP) para fortalecer o nome para a eleição seguinte. Ficou em terceiro e, dois anos depois, reelegeu-se deputado estadual com a maior votação na Capital.
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Era o candidato natural. Nesta condição, foi nomeado pelo governador Raimundo Colombo para a secretaria de Turismo, Cultura e Esporte. Na pasta, Cesar teria recursos e visibilidade para pavimentar nova candidatura. Focou ações na Capital, como a reforma do CIC e a Maratona Cultural. O presidente da Assembleia, Gelson Merisio (PSD) entrou em campo para o entendimento com o PP.
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Em março, foi confirmada a chapa com o vereador João Amin (PP) de vice. Cesar foi o primeiro a fechar a chapa, atraiu o DEM e o PSDB e conseguiu o maior tempo no horário eleitoral. Na campanha, apresentou discurso oposicionista e mirou em Angela Albino, com menor rejeição. Viu a adversária ser ultrapassada no final do primeiro turno por Gean – o candidato que planejava enfrentar.
O início do segundo turno marcou o acirramento da disputa. Em crescimento, Gean apareceu na frente nas pesquisas. Foi quando Cesar passou a utilizar o arsenal guardado desde o primeiro turno.
Apresentou-se como candidato da mudança. Mostrou promessas não realizadas por Dário, explorou a polêmica do show de Andrea Bocelli, contratado e nunca realizado, disse que Gean era incoerente ao atacar as gestões de Angela Amin, por tê-lo apoiado como vereador. A estratégia deu certo.
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Por que Gean vai ganhar?
A Vitória da Articulação
Em janeiro, Gean Loureiro deu largada à campanha que o levou a vencer a disputa pela prefeitura de Florianópolis. Na residência oficial do vice-governador Eduardo Pinho Moreira, com a maior parte das principais lideranças do PMDB estadual. Era uma tentativa de encerrar as dúvidas sobre a candidatura, diante de outras postulações e das articulações do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) para unir a tríplice aliança na Capital.
Presidente da Câmara entre 2009 e 2010, ele começou a pavimentar nas bases do partido em Florianópolis o apoio que garantiria sua candidatura. Enquanto se consolidava na base, sofria na cúpula. LHS queria integrar as negociações do PMDB em Florianópolis e Joinville. Para ele, o PMDB deveria apoiar Cesar Junior (PSD) na Capital, em troca do endosso do PSD a Udo Döhler (PMDB) em Joinville.
Quando a aliança de Cesar com o PP de Angela Amin foi consumada, o senador passou a emitir sinais de simpatia por Lummertz, secretário de Turismo de Dário – derrotado justamente pela falta de trânsito na base do partido. A campanha eleitoral apresentou a Gean – que escolheu Rodolfo Pinto da Luz como vice – as mesmas dificuldades. As pesquisas o colocavam em terceiro durante toda a disputa.
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Apostou na campanha de rua e na chapa de vereadores que montou pessoalmente. No final, cresceu e surpreendeu ao deixar Angela para trás, por cerca de 5 mil votos. No 2º turno, conquistou apoios de partidos que estavam com Angela Albino e do próprio PC do B. Soube neutralizar críticas de Cesar aos problemas dos oito anos de gestão Dário apontando os méritos e com o discurso de que estava mais preparado. Venceu todos que o subestimaram – dentro e fora do partido.