Com o anúncio de que não haverá aumento na passagem de ônibus este ano, o prefeito Cesar Souza Junior pretende quebrar uma prática que tem se repetido há mais de uma década: reajustes de salários de motoristas, e cobradores de ônibus ocorrerem no mesmo mês em que são discutidos os aumentos das tarifas do transporte público.
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Greves anuais têm deixado a prefeitura contra a parede e resultado em reajustes acima da inflação para os trabalhadores e aumento na tarifa. A administração quer evitar que seja repassado à população sistematicamente o ônus de uma relação entre empregado e empregador.
Outra alternativa para contornar as paralisações é elevar os repasses da quantia mensal às empresas. Mas neste ano o prefeito afirmou que as empresas foram avisadas que, durante as negociações, não devem fazer ofertas vislumbrando a possibilidade de reajuste na tarifa.
A deflagração de greves na data base dos trabalhadores, maio, é rotina desde 2002. As paralisações tem sido seguidas de aumento salarial com variação acima da inflação.
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Segundo o presidente do sindicato das empresas (Setuf), Waldir Gomes da Silva, a prefeitura terá de definir a forma de contemplar as empresas com o aumento dos custos – incluindo o dissídio e o aumento do preço do óleo diesel em 10%.
– De uma forma ou de outra, a prefeitura vai ter que entrar no jogo.
O sindicato dos trabalhadores (Sintraturb) não aceitou dar entrevista.