Elas são pensadas com meses de antecedência, produzidas, testadas e provadas à exaustão até que se chegue a um resultado que agrade os olhos, o olfato e, principalmente, o paladar. Com consumidores, produtores e especialistas atentos a tudo o que acontece por aqui a partir desta quarta-feira, cervejarias de todo o Vale do Itajaí capricharam nas inovações e vêm para o Festival Brasileiro da Cerveja preparadas para supreender e conquistar fãs com as bebidas que serão lançadas no evento.

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A estratégia de apresentar novidades não é algo exclusivo das cervejarias locais, mas elas aproveitam o fato de serem as anfitriãs para atrair o público em meio a uma infinidade de rótulos e estilos. Entre quem produz, é recorrente o comentário de que o festival é a melhor vitrine para apresentar novidades e receber um retorno imediato sobre o produto.

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– Em um encontro como este as vendas não são tão expressivas, a gente não pensa em levar muitos litros porque a oferta é enorme. A grande vantagem do festival é que a gente tem um público especializado e recebe opiniões que nos ajudam a avaliar se vale ou não a pena lançar algo no mercado. Por ter muita gente que entende do assunto, é um bom lugar para experimentações – explica o mestre cervejeiro da Schornstein, de Pomerode, Patrick Zanello.

As tendências do setor, o uso de ingredientes típicos e até mesmo os nomes que batizam as cervejas destacam o fato delas serem daqui. Segundo Fernando Lapolli, cervejeiro da Cerveja Blumenau, que foi criada em meados do ano passado e faz sua estreia no festival, ter o Vale do Itajaí como procedência é quase que um aviso do quanto se valoriza a produção artesanal e de como este universo está ligado à cultura local.

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– Carregar a estampa de ser uma cervejaria da cidade do festival e mostrar para o público que nosso produto é encontrado quase que somente aqui cria essa expectativa para experimentar a nossa bebida – diz.

Se a cerveja for premiada no concurso, que divulga os campeões hoje à noite, as chances de figurar entre as queridinhas dos visitantes é ainda maior.

– O público fica à espera dos resultados e vai atrás das medalhistas. Isso ajuda muito quem, como a gente, é de pequenas cervejarias. Assim nos tornarmos conhecidas, ganhamos respaldo. A Serena (uma cerveja de estilo belga que leva hibisco na composição) ganhou medalha de bronze ano passado e logo entrou entre as preferidas da marca – conta Alexandre Mello, proprietário da Itajahy.

Premiação do Concurso Brasileiro de Cervejas ocorre nesta terça-feira

Nesta terça-feira serão revelados os vencedores do 4º Concurso Brasileiro de Cervejas que teve 1.469 inscrições, o maior número já registrado em quatro edições, e o 6º Mestre Cervejeiro Einsenbahn. A festa de premiação começa às 19h30min no Eisenbahn Biergarten, no Parque Vila Germânica, mas é exclusiva para participantes e convidados. Desde sábado, 54 jurados de todo o Brasil e do Exterior degustam bebidas de diferentes estilos e aromas, mas hoje o resultado final desse trabalho será conhecido.

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A quarta edição do evento bateu recorde de inscrições com relação ao ano passado. Foram 1.469 rótulos inscritos, um acréscimo de 73% se comparado a 2015, quando se inscreveram 874. O número de cervejarias também cresceu: nesta edição foram 222 cervejarias participando do concurso, 63% a mais que no ano passado.

Em 2015, uma cerveja à base de manjericão foi eleita pelo terceiro ano como melhor do concurso, da cervejaria Seasons, de Porto Alegre (RS). Já o prêmio de melhor cervejaria ficou com a Tupiniquim, também gaúcha.