Os preços de cervejas, refrigerantes, energéticos, isotônicos e refrescos devem voltar a subir porque o governo federal decidiu aumentar os tributos dessas bebidas pela segunda vez em dois meses.

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Segundo o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, a medida será publicada nesta quarta-feira, 30, no Diário Oficial, mas entrará em vigor só em 1º de junho.

A expectativa da Receita é de que a correção da tabela usada na tributação do setor deve provocar aumento médio no preço dos produtos em torno de 1,3%. Caso ocorra o repasse, Barreto estimou um impacto de 0,02% na inflação.

De junho a dezembro deste ano, o aumento vai garantir uma arrecadação extra de R$ 1,5 bilhão. Esses recursos, admitiu o secretário da Receita, serão usados para compensar o gasto adicional de R$ 4 bilhões que o Tesouro Nacional terá para bancar o socorro às distribuidoras de energia elétrica.

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Barreto negou, porém, que a medida tenha sido adotada só com esse propósito. Segundo ele, a mudança da tabela visa a restabelecer o equilíbrio entre os tributos e os preços cobrados no mercado. Barreto destacou que a defasagem era acentuada e que a última revisão da tabela ocorreu havia ocorrido há dois anos.

Entre maio de 2012 e fevereiro de 2014, os preços da cerveja subiram 23% e dos refrigerantes, 19,2%. O secretário disse que o governo continua estudando mudanças na tributação do setor de cosméticos, mas ainda não há decisão tomada. E acrescentou que já estaria pronta medida para elevar o PIS e Cofins nas importações, mas ainda não há definição sobre o assunto.