Maratonistas que bebem cerveja sem álcool tornam-se mais imunes aos processos inflamatórios naturalmente causados pela atividade física intensa e de longa duração, aponta estudo publicado na revista científica Medicine and Science in Sports and Exercise.

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O estudo contou com a participação de 277 atletas de 20 a 60 anos inscritos na Maratona de Berlim de 2009. Eles foram separados em dois grupos, A e B, com características semelhantes (idade, condições de saúde, entre outros fatores).

Ambos os grupos ingeriram de 1 a 1,5 litros de cerveja sem álcool por dia durante quatro semanas (três semanas antes e uma após a prova).

A diferença foi que os participantes do grupo A ingeriram cerveja sem álcool normal, enquanto o grupo B consumiu praticamente a mesma bebida, porém sem a presença de polifenóis – que são substâncias naturais presentes em grande quantidade na cerveja sem álcool comum, com potentes propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

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Os resultados mostram que os maratonistas do grupo A apresentaram menor concentração tanto de interleucina 6 quanto de leucócitos, que são indicadores de inflamação. Além disso, apenas 6%, relataram desconforto no trato respiratório superior (nariz, boca, faringe, laringe e traqueia), contra 16% do grupo B.

Embora o estudo aponte para os benefícios dos polifenóis da cerveja sem álcool, os autores do estudo ressaltam que não houve diferença no tempo de conclusão da prova entre os grupos. Isso indica que os polifenóis são eficientes no combate aos processos inflamatórios, mas não melhoram o rendimento físico.

A pesquisa foi divulgado no Brasil pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).