Ela adormeceu, mas nunca deixou de ser imortal – assim como o autor e sua obra, que se tornam atemporais. Após mais de quarenta anos inativa, a Academia Joinvilense de Letras retoma o fôlego e volta a oxigenar o cenário literário local. A apresentação dos membros da AJL para os joinvilenses será nesta sexta-feira (7), às 19h30, na Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior.

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A movimentação para reativar a AJL surgiu há pouco tempo, com o retorno do então membro Carlos Adauto Vieira, advogado e escritor e membro da Academia de Letras e Artes de São Francisco do Sul, para Joinville. A ideia ganhou força e então, com a parceria do advogado Paulo da Silva, que incentivou a reativação do conselho.

Eles realizaram pesquisas em jornais e no Arquivo Histórico de Joinville, onde encontraram o estatuto original, documentos e atas de reuniões. Atualmente, existem apenas as nomeações de presidente e secretário geral, ocupadas respectivamente por Adauto e Paulo.

A primeira sessão solene foi realizada na noite de 15 de novembro de 1969, na Sociedade Harmonia-Lyra. A cerimônia contou com a presença do representante da Academia Brasileira de Letras, o filólogo, lexicógrafo e ensaísta Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, quarto ocupante da cadeira 30.

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Na época, 14 membros fundadores fizeram parte da academia, instalada em 1972, mas que pouco se movimentou, principalmente após a morte do então presidente Adolfo Bernardo Schneider.

O primeiro estatuto permitia o número máximo de 50 membros. Com a revisão do documento, o número diminuiu para 40. Destes, 30 são falecidos. Houve apenas uma substituição na lista, do Acadêmico Pedro Torrens, primeiro membro a falecer, sucedido pelo jornalista Herculano Vicenzi, que, junto com a historiadora Raquel S. Thiago, tomarão posse na noite de hoje.

– Queremos fazê-la funcionar novamente. Agora é reunir o pessoal, estabelecer os trabalhos, incentivar os escritores e convidar pessoas que sejam ligadas à cultura para conversar, para então traçarmos novos planos – explica Adauto.

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Outra prioridade dos membros será a busca de uma sede para o funcionamento das reuniões. Em conversa com o prefeito Udo Döhler, foi discutida a possibilidade de utilizar uma sala no Palacete Niemeyer, ainda sem definição. No entanto, o presidente garante que não será por falta de espaço que a AJL deixará de engrenar. Para acompanhar as atividades, curta a página da AJL no Facebook.