Os últimos dois anos têm sido muito tristes para a torcida do JEC. As duas derrotas nas finais do Campeonato Catarinense, a queda na Série A e o possível rebaixamento na Série B desgastaram a relação entre os tricolores e o clube do coração.
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A situação piorou no Brasileirão deste ano, principalmente pelo desempenho da equipe na Arena. Em 14 jogos, o Joinville venceu apenas duas vezes. Este retrospecto dá ao JEC a pior campanha como mandante da Série B.
E se há uma chance de escapar da Série C, ela passa pelas vitórias dentro de casa. Neste sábado, às 16 horas, o Joinville terá a primeira oportunidade contra o Paysandu. No sábado seguinte, diante do Paraná, outro jogo em casa. São estes seis pontos que podem oxigenar a campanha tricolor rumo ao milagre. Sem eles, o rebaixamento é quase certo.
O problema é que a pressão de jogar na Arena tem sido gigantesca em razão de todos estes fatos citados. No último jogo, por exemplo, alguns torcedores, revoltados pela derrota para o Avaí, chegaram a atirar rojões e foguetes em direção ao gramado. Num ambiente tão hostil, o reencontro com a torcida – que pode ser o último deste ano, dependendo da punição do STJD – é cercado por dúvidas.
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O técnico Ramon Menezes reconhece a pressão. No entanto, evita falar dela e prefere reforçar que todos os jogadores precisam saber conviver neste clima comum ao futebol.
– Todo mundo tem que estar ciente de que futebol é pressão o tempo todo. Ganhando ou perdendo, sempre tem pressão, seja para continuar ganhando ou para voltar a vencer. Espero que ela (a torcida) nos ajude. Neste momento, precisamos de todos – afirmou.
O treinador revelou que tem trabalhado a questão psicológica com os atletas mostrando a eles as coisas boas feitas nos últimos jogos frente a Atlético-GO e Ceará. Só assim ele julga que será capaz de restabelecer a confiança no elenco.
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– Tenho dito pra eles que eles têm condições. Nos últimos jogos, fizemos coisas boas, corremos riscos, mas os jogos estavam controlados. Temos mostrado que eles têm qualidade, têm condições e são capazes de segurar a bola e fazer as jogadas.
Como trabalha mais a questão emocional, Ramon aposta na manutenção da base do time. Pelo que ensaiou no treino da manhã de sexta-feira, na Arena, uma das novidades deve ser o meia Carlos Alberto, recuperado de uma entorse no tornozelo esquerdo.
Ele jogará ao lado de Claudinho e Erick Luís no meio-campo. Entre os volantes, Tinga aparece como outra novidade, agora fazendo a função de Paulinho Dias, sacado da equipe. Nas outras posições, a equipe será mantida.
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Apesar dos problemas no jogo contra o Avaí, o esquema de segurança da Arena Joinville não sofrerá alterações na partida deste sábado. O Joinville irá manter os 80 seguranças particulares como tem feito nas últimas partidas. Já a Polícia Militar deve estar presente com mais de cem homens no estádio. Segurança não será reforçada neste sábado na Arena Joinville Na sexta-feira, o comando da PM esteve reunido com integrantes da Torcida Organizada União Tricolor. Segundo o tenente-coronel do 8º Batalhão da PM em Joinville, Jofrey Santos Silva, a conversa teve propósito mais educativo e de alerta. – Não vamos mudar nosso esquema, mas, se for preciso, vamos agir de maneira mais forte para controlar possíveis confusões – avisou. Continua depois da publicidade O Joinville decidiu não aumentar o número de seguranças porque acredita que a Arena não receberá um grande público neste sábado, apesar da promoção que fez para os sócios. O clube também crê que, depois dos episódios do dia 23 de setembro, a torcida não estará disposta a causar mais prejuízos ao clube na competição.