A cerca elétrica é uma tecnologia de segurança que existe há muito tempo e já faz parte da paisagem urbana. Mesmo assim, ainda causa muitas dúvidas.

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O modelo como conhecemos hoje, baseado em uma descarga do eletrificador e com grande extensão da cerca, foi desenvolvido pelo neozelandês Doug Phillips, em 1962, a partir de experimentos que vinham desde o século 19. Seu uso era predominantemente no campo, para controle de rebanho.

Embora ainda muito usada na agropecuária, é nas cidades que sua aplicação se torna cada vez mais evidente. O crescimento da cerca elétrica como ferramenta de segurança no Brasil acompanha o boom populacional e a escalada dos crimes nos centros urbanos. Isso porque ela serve a dois propósitos: prevenção, como aviso de perigo; e proteção, em caso de tentativa de invasão.

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Mas por que a cerca elétrica causa tantas dúvidas? Uma das explicações possíveis para essa questão é o fato de que só nos últimos anos seu uso tem sido mais bem regulamentado no país. Diante disso, novas leis e normas agora resolvem algumas perguntas sobre o assunto, como veremos a seguir.

A cerca elétrica tem perigo letal?

Não faltam relatos de acidentes trágicos com cercas elétricas, porém eles têm algo em comum: foram instalações clandestinas que os causaram. Para entender essa questão, é importante separar os produtos que são certificados pelo Inmetro, e obedecem às normas de segurança, dos ilegais que oferecem sérios riscos à vida.

A legislação brasileira tem evoluído nos últimos anos para garantir uma confiabilidade cada vez maior à cerca elétrica. Desde 2008, por meio do Projeto de Lei 3080/2008, que se transformou na Lei n. 13.477/2017, procura-se estabelecer precauções de segurança e de não letalidade.

Entre os diversos dispositivos desta lei, é previsto, por exemplo, que "o equipamento instalado para energizar a cerca deverá prover choque pulsativo em corrente contínua, com amperagem que não seja mortal, em conformidade com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)".

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É fundamental entender também que o produto certificado, mesmo que tenha alta tensão, trabalha com uma corrente baixa. Essa amperagem reduzida, em pulsos intermitentes, serve apenas para dar um "choque moral" e alguma dor. Ao entrar em contato com a cerca, a pessoa torna-se parte dessa corrente por uma fração de segundo e é repelida do fio. As instalações clandestinas são mortais porque não estabelecem limite de corrente e têm uma descarga prolongada.

O cuidado que se deve ter é com animais domésticos, principalmente gatos, que são os maiores afetados em acidentes com cercas elétricas por causa de sua curiosidade natural. Acostumados a andar por telhados e a escalar muros, o choque que não causaria maiores danos a um humano pode ser fatal para o bichano.

Qualquer pessoa pode instalar uma cerca energizada?

A lei federal 23.477/2017 não define quem pode ou não instalar a cerca elétrica, portanto são as legislações dos estados e municípios que detalham essa questão. De um modo geral, a instalação ou manutenção desse equipamento costuma estar associada à apresentação de um Projeto Técnico, com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), expedida por engenheiro, arquiteto ou engenheiro agrônomo.

Para saber quais empresas e profissionais podem fazer esse serviço, consulte o Crea da sua região.

É possível instalar em qualquer lugar?

De acordo com a mesma lei, "em áreas urbanas, deverá ser observada uma altura mínima, a partir do solo, que minimize o risco de choque acidental em moradores e em usuários das vias públicas". Contudo, qual seria essa altura mínima?

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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é responsável por orientar a instalação da cerca energizada para garantir a segurança em todos os sentidos. Neste ponto, a NBR/IEC 60335-2-76:2018 determina uma altura mínima do primeiro fio a 2,2 metros do solo. Estados e municípios podem estabelecer medidas próprias nesse quesito.

A distância entre as placas obrigatórias de aviso de perigo são igualmente variáveis dependendo da localidade, apenas a distância mínima de 3 metros até a passagem de gás líquido de petróleo é regulamentada em nível nacional.

A forma como a cerca é instalada também deve ser levada em consideração. Hastes e fios não devem avançar sobre a área da rua ou sobre terrenos vizinhos, mantendo-se nos limites da propriedade. Em alguns casos, a expressa autorização do vizinho é necessária para a instalação.

O sistema é vulnerável em casos de corte de energia ou do fio?

Por ser uma tecnologia de segurança presente há muito tempo no mercado, ela foi desenvolvida já prevendo situações como essas.

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Hoje, produtos de empresas confiáveis contam com baterias que duram até 12 horas, caso o abastecimento da rede de energia seja interrompido. As cercas elétricas atuais ainda dispõem de alarmes que avisam o proprietário sobre tentativas de se cortar os filamentos ou de sobrecarga no sistema. Assim é possível ficar sempre em guarda.

A cerca elétrica pesa na conta de energia?

Isso é um mito. Como dito anteriormente, essa tecnologia de segurança trabalha com uma amperagem baixa, o que torna seu gasto de energia menor do que muitos outros aparelhos eletrônicos. Para se ter uma ideia, a média de consumo mensal de uma cerca elétrica é de 3,6 Kwh, menos que um aspirador de pó, um secador de cabelo e até um rádio-relógio, segundo dados da Eletrobras.

Essas foram algumas dúvidas comuns sobre a cerca elétrica. Para saber muito mais sobre como proteger seu patrimônio e sua família, confira as soluções do Grupo Khronos, que cuida da segurança de mais de 30.000 clientes no Brasil.

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