Cerca de R$ 1,5 milhão em agrotóxicos de uso proibido no Brasil foram apreendidos pela Receita Federal no Porto de Itapoá. A operação aconteceu na última quarta-feira (6) e, em duas ações distintas, foram encontrados 24 mil litros do herbicida Paraquat e 24 mil litros do inseticida e acaricida Endosulfan.
Continua depois da publicidade
> Acesse para receber notícias de Joinville e região pelo WhatsApp
Os 48 mil litros das substâncias ilegais, de acordo com a Receita, estavam escondidos em meio a uma carga declarada como sendo de sulfato de alumínio, um composto químico utilizado para o tratamento de água em piscinas. As mercadorias foram enviadas da China.
Na primeira apreensão, o Paraquat estava acondicionado em tonéis. As barricas próximos à porta realmente continham sulfato de alumínio, mas os demais estavam carregados com o herbicida.
Já na segunda apreensão, o Endosulfan estava armazenado em garrafas de um litro, misturado a outras que continham sulfato de alumínio. Segundo a Receita Federal, o mesmo modus operandi foi utilizado nas duas ações para camuflar o carregamento ilícito.
Continua depois da publicidade
Além da Receita, a ação contou com a participação de servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que constataram a composição química dos agrotóxicos ilegais com o uso de equipamentos especializados. A Polícia Rodoviária Federal e a força-tarefa de Segurança Pública do Mato Grosso também colaboraram com informações que levaram a apreensão.
Produtos com alta dosagem letal
O Paraquat tem um dos maiores valores de toxicidade aguda entre os herbicidas comerciais. Sua dosagem letal oral (LD50) em humanos é de cerca de 3 mg/kg. O herbicida pode resultar em toxicidade agudamente grave para todos os órgãos e resultar em morte dentro de 24 horas após a ingestão, não existindo antídoto eficaz.
O banimento do produto no Brasil foi determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017.
Já o inseticida e acaricida Endosulfan está com uso e venda banidos no país desde 2013. A proibição aconteceu por causa da alta persistência ambiental e periculosidade do produto, além de sua relação com distúrbios hormonais e incidência de câncer.
Continua depois da publicidade
Leia também
Homem derruba cigarro no colchão, tenta controlar fogo e acaba ferido em São Bento do Sul
Cobra que “morava” em telhado é resgatada em casa de Jaraguá do Sul; veja vídeo
Cobra que “morava” em telhado é resgatada em casa de Jaraguá do Sul; veja vídeo