O dia 1º de abril foi de manifestações em Florianópolis e em todo Brasil. Considerado por muitos a data que marca os 50 anos da ditadura, movimentos sociais ligados aos trabalhadores, estudantes e grupos de esquerda estiveram no Centro para protestar em frente à prédios emblemáticos durante o regime.
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Com gritos de “Ditadura nunca mais”, cerca de 100 pessoas protestaram em frente ao Prédio da farmácia Catarinense, antiga livraria Anita Garibaldi, na Praça XV, que teve os livros incendiados na calçada em 1964. Outros pontos no caminho do protesto foi o Prédio da antiga FAED, onde funcionava o Centro de Informações da Marinha (Cenimar), base da repressão em Santa Catarina; o Museu Cruz e Souza, antigo palácio do Governo do Esdtado, e a chamada Esquina Democrática, na Rua Felipe Schmidt.
A organização do movimento ficou a cargo do Coletivo Catarinense Memória, Verdade, Justiça, grupo fundado em 2011 por familiares e ex-prisioneiros políticos, além de representantes da sociedade civil e militantes pelos Direitos Humanos.
Presa três vezes em dois anos, entre 1968 e 1969, quando ainda era uma estudante de 20 anos, Derlei Catarina de Luca mostrou-se emocionada com a ação.
– Não podemos esquecer o que aconteceu – disse, entre os gritos do aglomerado.
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Protestos na Superintendência da PF
Entre os manifestantes estavam estudantes da UFSC, contrários à ação policial no campus da UFSC na última semana, que fizeram um ato pacífico em frente ao prédio da Superintendência da Polícia Federal, por volta de 16h30min desta terça-feira. O grupo ficou cerca de meia hora em frente ao prédio na Beira-mar Norte e seguiu para o Centro, juntando-se a outra manifestação.