Cerca de 50 famílias recorreram à Justiça dos Estados Unidos por indenizações pelas mortes de seus parentes no acidente da TAM em julho passado, segundo o vice-presidente da Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas do Vôo TAM JJ3054, Archelau Xavier. As informações são do site G1.
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– Preferi entrar com ação lá fora, porque na Justiça daqui demora muito tempo – disse ele, citando ações ainda não concluídas de parentes de vítimas do Fokker 100 da TAM que caiu perto do Aeroporto de Congonhas em outubro de 1996.
Archelau, que perdeu a filha de 24 anos no acidente, acionou nos EUA a TAM, a Airbus, as fabricantes do freio e do reverso e a empresa que faz as manutenções de aeronaves da TAM. Ele definiu as propostas de indenização da seguradora da companhia aérea, que negocia os valores, como “indecentes”.
A expectativa dele é que, em um ano e meio, haja uma conclusão nos EUA. Caso a Justiça americana não aceite o caso, Archelau tem a expectativa de receber uma proposta de indenização mais alta nos EUA.
Assédio de advogados
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O presidente da associação, Dario Scott, diz que até hoje, quase seis meses após o acidente, os parentes das vítimas são assediados por grandes escritórios de advocacia americanos.
– Alguns nos procuram camuflados de advogados brasileiros – relatou.
Com sede em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, a associação, que reúne cerca de 200 familiares de 120 vítimas, realiza reuniões mensais, a maioria delas em São Paulo.
– Em dezembro não tivemos reunião porque seria muito duro para nós – disse Ana Sílvia Volpi Scott, referindo-se ao Natal. Ela perdeu sua filha única, de 14 anos.