A manutenção de uma das unidades produtivas da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP), vai exigir a contratação de 4 mil trabalhadores temporários. São soldadores, caldeireiros e outros profissionais especializados que, uma vez admitidos, terão garantidos trabalho e renda por pelo menos dois meses.

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– Não é o ideal, mas é um alívio grande você ter um emprego por dois meses – avalia o gerente-geral da refinaria da Petrobras, William França da Silva.

Segundo ele, a partir de julho, entre 2 mil e 3 mil pessoas serão selecionadas para trabalhar na manutenção da Unidade de Craqueamento Catalítico, que ocorrerá em agosto deste ano. Outras mil deverão ser contratadas ao longo de todo o ano para trabalhar até o final de 2010 em outras unidades da mesma refinaria.

Todos os profissionais serão selecionados e contratados pelas empreiteiras que prestam serviços à Petrobras. Silva não fala em salários ou nas exigências feitas a quem quiser se candidatar a uma das vagas, já que estes são estabelecidos pelas empreiteiras. Mesmo assim, ele dá a pista para os interessados:

– Normalmente, a contratação é feita por meio do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) local, que é quem faz o cadastramento dos funcionários e onde as empresas vão procurar (profissionais especializados). Às vezes são contratadas pessoas de outras regiões, mas a gente sempre recomenda que as empresas contratem pessoas daqui mesmo, da Baixada Santista – afirma Silva.

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De acordo com o gerente-geral, não há, no momento, qualquer definição quanto à contratação, pela própria Petrobras, de novos funcionários permanentes:

– Não há nada previsto. A empresa está reavaliando suas contratações e tudo vai depender da orientação dos escalões superiores (da estatal). Nós dependemos dessa reavaliação.

Hoje, a refinaria cubatense tem 1.200 funcionários próprios. No último fim de semana, o próprio presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, disse à imprensa que, em função da queda dos preços do petróleo, a Petrobras irá reexaminar seu plano de contratações. O reexame atinge também o plano de investimentos.

Somente em Cubatão, a Petrobras previa alocar cerca de US$ 2 bilhões (R$ 4,7 bi) em obras como a construção de uma nova central termoelétrica.

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