Continuam as mobilizações em Joinville em defesa do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria. Na manhã desta terça-feira, cerca de 350 pessoas, segundo a assessoria do hospital, se reuniram para um abraço coletivo na unidade. Convocado pelo Conselho Municipal de Saúde, o ato reuniu pais de pacientes e profissionais. Desde segunda-feira, a unidade não faz mais procedimentos eletivos e aguarda o repasse de recursos do governo do Estado.
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O débito do governo estadual com a organização social responsável pela gestão do hospital chega a R$16 milhões. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que um valor ainda a ser definido deve ser repassado na primeira quinzena de dezembro e que, nos últimos dias, disponibilizou R$ 4 milhões à organização. Quando definir o valor, o governo promete informar o hospital e espera a retomada dos trabalhos.
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Na última quinta-feira, o hospital anunciou que o pronto-socorro também pode ser fechado na próxima quinta-feira. Nesta terça-feira, vence a folha de pagamento dos funcionários do hospital e a organização não tem em caixa os quase R$ 2 milhões a serem desembolsados em salários. Os médicos, contratados como pessoas jurídicas, estão com pagamentos em atraso há 15 dias.
Presente no ato desta terça-feira, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Cléia Aparecida Clemente Giosole, explica que a comunidade foi chamada para defender que os serviços não sejam paralisados.
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– Independente de contrato, independente de repasse, o Conselho Municipal de Saúde quer que as crianças e os adolescentes sejam atendidos. O papel do Conselho é a defesa da população – defende Cléia.
Pais de pacientes e representantes da saúde promovem atos em apoio ao Hospital Infantil de Joinville
Ane Lisa Grignet, mãe de duas meninas, uma de quatro e outra de oito anos, esteve no hospital na manhã desta terça. Ela foi buscar exames de uma das filhas, mas quando chegou foi informada que eles não estavam disponíveis. Ane disse que a outra filha tinha uma consulta marcada para os próximos dias, mas que terá de ser adiada.
– O atendimento sempre foi muito bom. Eles estão certos – diz Ane, em defesa dos profissionais que suspenderam parte dos serviços.
Cerca de 11 mil crianças passam todos os meses pelo hospital. No começo do ano, o hospital já havia paralisado o atendimento eletivo por uma semana. Há dois anos, o governo do Estado vem atrasando os repasses.
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