O empresário José Ramos de Carvalho estava com um olhar preocupado. Na tarde de segunda-feira, enquanto não estava atendendo os clientes dos passeios de disco no mar, ele olhava fixamente para o mar de Enseada, em São Francisco do Sul. Um de seus barcos preferidos havia virado e uma equipe de cerca de 20 pessoas trabalhava para trazer a embarcação de volta à superfície.

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O barco quase afundou na madrugada da virada do ano, mas somente na manhã do dia 1º que a família de seu Ramos percebeu. Eles precisaram contratar três empresas especializadas para retirar o barco, que foi a pique. A delegacia de Capitania dos Portos de São Francisco do Sul também deu todo o apoio necessário.

– O barco encostou no chão. Ali tem somente três metros de profundidade, o que está dificultando os trabalhos -, comentou Ramos.

Para trazer a embarcação, oito mergulhares tentavam retirar a água de dentro do barco e colocar balões de ar, para fazer a estrutura flutuar.

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– Mas não se pode fazer isso de uma só vez, se não o barco pode quebrar. Por isso a demora -, explicou o empresário.

– Todo o motor e a parte elétrica vão passar por uma revisão. Vai dar para recuperar -, complementou ainda Ramos.

De acordo com capitão-tenente Robson Mendes Alves, da Capitania dos Portos, parte do convés submergiu até o começo da noite de segunda-feira. Os trabalhos foram encerrados às 19 horas, e devem ser retomados nesta-feira às 8 horas.

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– Trabalhar a noite é muito perigoso. O trabalho é lento e exige cuidado, mas a embarcação deve voltar a flutuar nesta terça-feira -, acredita.

Segundo ele, o Ibama e a Polícia Ambiental já estiveram no local e constataram que não houve vazamento de óleo. Um inquérito já foi instaurado para apurar as causas do incidente e deve ficar pronto em até 90 dias.

– A embarcação deve passar por uma perícia -, explica.