Desde sexta-feira, a costureira Noemi da Silva, 41 anos, passa por apuros na casa onde mora com mais seis pessoas, na Rua Edmundo Hackbarth, Bairro Itoupavazinha, em Blumenau. Sem água, devido ao rompimento numa adutora que passa sob a BR-470, as louças se acumulam no tanque, ela não consegue lavar roupa, fazer comida e a família mal pode tomar banho.

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A maior dificuldade é fazer a higienização da sogra idosa, Margarida Lehmke, que é cadeirante e não tem as duas pernas.

– Ou a gente pega água da chuva ou compra, mas não recebi ainda este mês e a gente não tem condições de ficar comprando. Estamos pagando duas vezes pela água – reclama Noemi.

Os vizinhos já fizeram o pedido ao Samae para que o caminhão-pipa passe na rua, mas ainda não foram atendidos, segundo ela. Drama semelhante passam cerca de 20 mil moradores dos bairros Itoupavazinha e Testo Salto, que permanecem desabastecidos.

O Samae espera começar o reparo da tubulação na tarde desta quarta-feira. Diretor de Operações do Samae, Maurício Carvalho Laus explica que há uma rede de pequeno porte que passa por fora do trecho e abastece as ruas mais baixas dos bairros. Nas áreas mais altas, no entanto, a água não chega porque a pressão da água é baixa.

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O Samae tem à disposição dois caminhões-pipa para abastecer os reservatórios dos bairros e de loteamentos próximos. Se as obras começarem na quarta, até sexta-feira pela manhã o abastecimento deve ser normalizado.