Com os sambas-enredo na ponta da língua e muito samba no pé, cerca de 18 mil pessoas, de acordo com a organização, lotaram a Passarela Nego Quirido, em Florianópolis para assistir os desfiles das cinco escolas do grupo especial na noite de sábado.

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A primeira escola a entrar na avenida foi a Consulado do Samba, com o enredo Ashantis – Os Filhos de Akam e a força que vem de berço, mostrando ao público a história do povo africano. O destaque ficou por conta da rainha de bateria Viviane Araújo, que mostrou o todo seu gingado e contagiou o público. Já na dispersão, Vivi falou emocionada:

– Foi lindo, maravilhoso, um carinho absurdo, me senti uma verdadeira pop star – disse a rainha.

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O presidente da Consulado, Valcione Furtado, já adiantou que pretende manter a rainha para o próximo carnaval.

A segunda escola a desfilar e atual bi-campeã, União da Ilha da Magia, homenageou Bob Marley e o reggae na avenida para defender o título. O público se divertiu e cantou com o cover de Bob Marley no carro abre alas. O desfile ainda contou a presença vip no camarote de Bunny Wailer, músico que fez parte do grupo original que ajudou a lançar a lenda maior do estilo musical, o The Wailers. A embaixadora da Jamaica no Brasil, Alison Stone Roofe, também assistiu a apresentação.

A Embaixada Copa Lord, terceira escola a se aprensentar era a com maior torcida nas arquibancadas. A agremiação fez uma homenagem às mulheres do morro e do mundo, em especial a Dona Uda, educadora do Mont Serrat, berço da Copa Lord. Apesar de o carro abre alas ter quebrado logo no começo do desfile e uma parte ser removida, a Copa Lord foi a escola mais aclamada pelo público. Ao final, o carnavalesco Anderson Oliveira chorou abraçado a Dori Edson – um dos diretores da escola. Ele lamentou os problemas técnicos:

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– A demora dos recursos do governo atrasou os trabalhos, a falta de estrutura com a demora nas obras da passarela também atrapalharam. A harmonia também ficou prejudicada, com poucos ensaios – avaliou.

Para buscar o título em 2014, a Unidos da Coloninha, representante do Continente, trouxe de volta seu enredo “Na boca da noite; entre máscaras e fantasias”, campeão de 1985. O público cantou junto com a escola durante todo o trajeto. Com 2500 integrantes, a Coloninha resgatou a magia do Carnaval, colocando na avenida palhaços, pierrots e a tradição dos antigos bailes.

A bateria da escola do Continente levantou a arquibancada da Nego Quirido e a diversidade de cores que a Coloninha usou e abusou nos figurinos e carro alegóricos chamou atenção do público. Ao final do desfile, o clima era de satisfação. O diretor de harmonia, Roberto Luz, era abraçado pelos colegas.

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– Superou nossas expectativas. A reação do público contagiou ainda mais a escola – disse.

Já passava das 04h30 quando a Protegidos da Princesa, última escola a desfilar entrou na passarela. Com o desfile mais colorido da avenida, a Protegidos animou o público que aguentou até o final com a homenagem ao artista plástico de Tubarão, Willy Zumblick. Em um dos carros a pintora Glaucia Barão reproduziu uma das telas de Willy em movimento.

– Foi bem difícil, a metade do fundo já estava pronta e eu fui tentando dar as pinceladas. Foi uma experiência incrível, adorei!

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A apuração das escolas vencedoras do Grupo Principal e do Grupo de Acesso acontece nesta segunda-feira, a partir das 15h. As campeãs voltam a desfilar na Passarela Nego Quirido na noite de terça-feira.